Aumento de casos de febre amarela no Brasil gera alerta e incentivo à vacinação
A febre amarela foi registrada em quatro estados até agora: Minas Gerais, Roraima, Tocantins e São Paulo
- Data: 06/02/2025 11:02
- Alterado: 06/02/2025 11:02
- Autor: Redação
- Fonte: Ministério da Saúde
Crédito:Governo de SP
O Ministério da Saúde do Brasil emitiu um alerta preocupante em relação ao crescimento dos casos de febre amarela, que já resultaram em cinco óbitos e nove confirmações da doença até o presente momento.
A busca pela vacinação tem aumentado consideravelmente, sendo vista como uma medida crucial para prevenir a infecção. Damião Medeiros Araújo, aposentado e morador da zona rural, é um exemplo disso. Ele decidiu vacinar sua família após tomar conhecimento da situação alarmante pela mídia. “Vivemos em uma chácara e sabemos que estamos mais expostos ao risco. Vimos na televisão sobre os casos e resolvemos nos vacinar”, declarou.
As autoridades de saúde estão justificadamente preocupadas com o aumento dos casos durante este período sazonal. A febre amarela foi registrada em quatro estados até agora: Minas Gerais, Roraima, Tocantins e São Paulo, sendo este último o mais impactado. Na cidade de Socorro, no interior paulista, já foram confirmados quatro casos e duas mortes.
Informações divulgadas pelo governo de São Paulo revelam que todas as vítimas fatais não estavam vacinadas. A transmissão da febre amarela ocorre por meio de mosquitos infectados, apresentando dois ciclos de transmissão: o urbano e o silvestre.
Desde 1940, não há registros de febre amarela urbana no Brasil. No ciclo silvestre, os macacos podem atuar como hospedeiros, mas somente os mosquitos são responsáveis pela disseminação do vírus.
Os sintomas típicos da febre amarela incluem febre alta repentina, dor de cabeça, náuseas, vômitos e icterícia (olhos amarelados). Em situações mais severas, a doença pode levar a complicações graves como queda de pressão arterial e choque, podendo resultar em morte. Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, enfatiza a gravidade das formas mais severas: “A febre amarela pode provocar choque e queda da pressão arterial, sendo uma condição potencialmente letal”, alertou.
Para conter a propagação da doença, o Ministério da Saúde intensificou a distribuição de vacinas para os estados afetados. No estado de São Paulo, estão previstas 800 mil doses adicionais para este mês. Atualmente, a cobertura vacinal no Brasil é de 73,78%, inferior à meta mínima de 95% estabelecida pelas autoridades sanitárias.
A vacinação contra a febre amarela é administrada em dose única para indivíduos acima de cinco anos e em duas doses para crianças a partir dos nove meses. É altamente recomendada para pessoas que residem ou trabalham em áreas rurais, populações ribeirinhas, indivíduos próximos a parques ecológicos e viajantes que se deslocam para regiões com risco de transmissão.
Kfouri ressalta a importância da vacinação como principal método preventivo: “A vacinação oferece proteção duradoura contra a febre amarela”.
Para checar a situação vacinal, é aconselhável que os cidadãos visitem uma unidade de saúde levando sua carteira de vacinação. Lucas Henrique de Lista, coordenador da Vigilância em Saúde de Socorro, recomenda: “É ideal que as pessoas levem sua carteira para verificar se precisam se imunizar”. Caso o documento tenha sido perdido, um documento com foto ou o Cartão Cidadão pode ser apresentado como alternativa