Aumento da “carne esponjosa” em crianças: o perigo “invisível”.
Artigo de Larissa Fabbri Mendes, médica, otorrinolaringologista, Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Membro da IAPO!
- Data: 04/07/2023 08:07
- Alterado: 04/07/2023 08:07
- Autor: Redação
- Fonte: Dra. Larissa Fabbri Mendes
O aumento da “carne esponjosa” pode levar a diversos prejuízos na infância e em alguns casos pode precisar de cirurgia ou tratamento clínico. Muitas vezes os sintomas são brandos e podem passar despercebidos. A fim de se evitar consequências mais graves, pais e cuidadores devem estar atentos a alguns sinais que a criança pode apresentar.
A popular “carne esponjosa” é na realidade a adenóide – um tecido linfático que fica “no fundo” da cavidade nasal, bem na curvinha que vai para a garganta (Rinofaringe). Até os 5 anos de idade ela em geral aumenta de tamanho e depois diminui progressivamente até desaparecer na vida adulta.
Normalmente não causa sintomas a não ser que esteja hipertrofiada (aumentada em tamanho) e não é visível “a olho nú” (o que muitas pessoas vêem e acham que é a adenóide na verdade é o corneto inferior).
Caso ela esteja aumentada poderá impactar na vida da criança causando obstrução nasal e suas consequências, como dificuldade na concentração ou em fazer alguma atividade física; distúrbios do sono como Apnéia ou sono não reparador. Poderá causar obstrução nas Tubas Auditivas (canal que liga o nariz com o ouvido) e causar sintomas auditivos como hipoacusia (dificuldade de ouvir) ou otites de repetição.
O cuidador deverá estar atento aos seguintes sinais e sintomas: roncos noturnos, sono agitado, nariz entupido, dificuldades escolares, criança que não responde ao ser chamada ou que escuta tv muito alta ou otites de repetição. Na presença de 1 desses sintomas deve-se procurar o especialista para descartar a hipertrofia de adenóide ou instituir o tratamento necessário, a depender do caso, medicamento ou cirurgia.