Aumenta a proliferação do Aedes aegypti e casos de dengue no Brasil

Conheça as medidas essenciais para combater o Aedes aegypti

  • Data: 23/12/2024 08:12
  • Alterado: 23/12/2024 08:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência SP
Aumenta a proliferação do Aedes aegypti e casos de dengue no Brasil

Pneus abandonados são um dos criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue

Crédito:Divulgação

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O Brasil enfrenta um cenário preocupante em relação à disseminação do Aedes aegypti, o mosquito responsável pela transmissão de doenças como dengue, Zika e chikungunya. Historicamente presente em regiões quentes e costeiras, atualmente, este vetor é encontrado em mais de 90% dos municípios brasileiros, conforme dados do Ministério da Saúde. A expansão da presença do mosquito é atribuída a uma combinação de fatores climáticos, geográficos e sociais, incluindo altas temperaturas, umidade elevada, urbanização desordenada e a falta de saneamento básico adequado.

Até o início de novembro deste ano, o Brasil já contabilizava mais de 6,6 milhões de casos prováveis de dengue, estabelecendo um recorde histórico para a doença. Além disso, os registros de chikungunya ultrapassaram 265 mil, representando um aumento significativo em comparação ao ano anterior. Para mitigar essa situação alarmante, as autoridades sanitárias destacam que a prevenção deve focar no combate aos criadouros do mosquito, que se desenvolvem principalmente em água parada. De acordo com o Ministério da Saúde, 75% dos focos estão localizados dentro das residências, e apenas dez minutos semanais dedicados à eliminação desses locais podem interromper o ciclo reprodutivo do vetor.

Para auxiliar a população na luta contra o Aedes aegypti, especialistas recomendam a implementação imediata das seguintes práticas:

  1. Mantenha caixas d’água completamente vedadas e considere a instalação de telas na saída do ladrão. O mesmo deve ser feito para cisternas e tonéis.
  2. Feche bem os sacos de lixo e coloque-os em locais altos, inacessíveis a animais. As lixeiras também devem ser mantidas bem tampadas.
  3. Revise os pratinhos de plantas; elimine os desnecessários e preencha os mantidos com areia até a borda.
  4. Descarte adequadamente objetos não utilizados que possam acumular água. Garrafas e potes devem estar vazios e, quando possível, tampados.
  5. Remova folhas e detritos que impeçam o escoamento da água nas calhas.
  6. Instale telas nos ralos e mantenha-os limpos; ralos fora de uso devem ser bem tampados assim como sanitários utilizados ocasionalmente.
  7. Limpe e seque bandejas de ar-condicionado e geladeiras antigas que podem acumular água.
  8. Use uma bucha para limpar bem o fundo e as laterais de potes que fornecem água aos animais.
  9. Mantenha baldes e utensílios virados para baixo na área de serviço.
  10. Estique lonas usadas para cobrir objetos para evitar acúmulo de água durante chuvas.
  11. Realize manutenção regular em piscinas, incluindo tratamento com cloro e limpeza das bordas.

Dicas adicionais incluem:

  • Instalação de barreiras físicas como telas em janelas e portas, além de mosquiteiros em camas e berços.
  • Uso de roupas claras que cubram grande parte do corpo.
  • A aplicação de repelente nas áreas expostas da pele e sobre as roupas é recomendada. Grávidas podem utilizar produtos registrados na Anvisa; no entanto, crianças menores de dois anos não devem usar repelentes à base de DEET; já crianças entre 2 e 12 anos devem ter uma concentração inferior a 10% aplicada até três vezes ao dia.

No que diz respeito ao ciclo reprodutivo do Aedes aegypti, as fêmeas depositam centenas de ovos em locais próximos à água. Os ovos são pequenos e escuros, podendo sobreviver por mais de um ano em ambientes secos; no entanto, eclodem rapidamente ao contato com a água. O ciclo larval se completa em aproximadamente sete dias. Na fase adulta, esses mosquitos têm coloração marrom com listras brancas nas pernas e tórax. Eles têm uma expectativa de vida superior a 45 dias e são mais ativos durante o dia. Apenas as fêmeas picam humanos para obter proteínas necessárias para a maturação dos ovos; nesse momento pode ocorrer a transmissão do vírus da dengue caso estejam infectadas.

A dengue pode se manifestar com sintomas como febre súbita, dores musculares, dor atrás dos olhos e prostração cerca de cinco dias após a picada do mosquito. Sinais como vômitos persistentes ou sangramento exigem atendimento médico imediato.

No campo da vacinação contra a dengue, 2024 marca o início de uma nova estratégia pelo Ministério da Saúde. A imunização é considerada uma ferramenta eficaz na prevenção da doença. Inicialmente recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos em áreas com alta transmissão nos últimos dez anos, a vacina exige duas doses com intervalo de três meses.

O Instituto Butantan tem trabalhado desde 2009 no desenvolvimento de uma vacina capaz de proteger contra os quatro tipos do vírus da dengue. Em fase final de regulação junto à Anvisa, espera-se que esta vacina esteja disponível para toda a população brasileira em breve.

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  • Data: 23/12/2024 08:12
  • Alterado:23/12/2024 08:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência SP









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