Analistas estão otimistas com ritmo de tramitação da privatização da Sabesp
A principal mudança foi a inclusão da garantia de estabilidade a funcionários da Sabesp por 18 meses, aponta o documento.
- Data: 25/11/2023 15:11
- Alterado: 25/11/2023 15:11
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteudo
Sabesp
Crédito:Reprodução
Analistas veem com otimismo a celeridade no avanço do processo da privatização da Sabesp. Na quarta-feira, 22, os deputados estaduais paulistas aprovaram o relatório do projeto de privatização da empresa em comissões da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). “A aprovação dentro do cronograma apresentado pelo governo é positiva e aumenta as expectativas de que a privatização saia rápido, ainda este ano”, explica Rafael Passos, analista da Ajax Asset.
Em relatório, a Guide Investimentos destacou que o texto aprovado praticamente não teve alterações em relação ao apresentado pelo governo de São Paulo em 17 de outubro. A principal mudança foi a inclusão da garantia de estabilidade a funcionários da Sabesp por 18 meses, aponta o documento.
Analistas avaliam que a privatização pode reduzir os custos da empresa, com ganhos de eficiência e previsibilidade. “Ao ser privatizada, a empresa não vai precisar mais fazer licitações para todas as compras, por exemplo, e isso já enxuga processos”, diz Passos.
O projeto de privatização da Sabesp agora segue para votação no plenário da Alesp. A expectativa é que o texto seja discutido pelos deputados na primeira semana de dezembro. Relatório da Genial Investimentos alerta que o texto ainda pode sofrer mudanças nessa próxima etapa, com a apresentação de emendas pelos legisladores.
Para Hugo Queiroz, diretor de Corporate Advisory da L4 Capital, existem poucas chances de se repetir o “caso Eletrobras”, em que foram incluídas emendas onerosas à empresa de energia na reta final da aprovação. “Os contratos de saneamento são mais amarrados e fragmentados em vários municípios, o que dificulta incluir muitos jabutis”, disse o especialista.
Dois pontos no texto podem interferir no preço da ação, segundo Queiroz: o prazo para conclusão do processo de privatização e o valor das multas de atraso no cumprimento dos projetos de universalização do saneamento.