Alzheimer: desafios e perspectivas para a saúde pública no Brasil

São 2,71 milhões de brasileiros afetados; saiba como prevenir e os sinais de alerta que podem mudar vidas. Conscientização é essencial.

  • Data: 07/02/2025 17:02
  • Alterado: 07/02/2025 17:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Ministério da Saúde
Alzheimer: desafios e perspectivas para a saúde pública no Brasil

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Em um cenário preocupante, o Ministério da Saúde do Brasil revelou em 2024 que aproximadamente 8,5% da população com 60 anos ou mais está afetada pela Doença de Alzheimer, totalizando cerca de 2,71 milhões de casos. Com a expectativa de vida em constante aumento, as projeções indicam que até 2050 esse número poderá subir para 5,6 milhões de pessoas diagnosticadas.

A Doença de Alzheimer, uma condição neurodegenerativa progressiva e atualmente sem cura, impacta significativamente funções essenciais como memória, linguagem e percepção. Além disso, provoca alterações comportamentais e emocionais que afetam tanto os pacientes quanto seus familiares.

A Dra. Larissa Negrelli, geriatra e docente da Faculdade de Medicina FACERES, ressalta que o desenvolvimento da doença ocorre de forma gradual, comprometendo não apenas as habilidades cognitivas mas também as motoras. “O Alzheimer é classificado em quatro estágios distintos, iniciando com pequenas falhas na memória e evoluindo para um estado de dependência total, que pode incluir restrições físicas severas e dificuldades alimentares”, explica a especialista.

Dentre os fatores de risco associados ao desenvolvimento do Alzheimer, destacam-se condições como hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo. A pesquisa do Ministério da Saúde aponta que cerca de 45% dos casos poderiam ser evitados por meio da adoção de estilos de vida saudáveis. Isso inclui uma dieta equilibrada, prática regular de exercícios físicos, sono adequado e estímulos cognitivos.

Outro aspecto importante abordado pela Dra. Larissa é o estigma relacionado à demência, que pode dificultar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Esse preconceito também afeta a qualidade de vida dos pacientes e a dinâmica familiar, evidenciando a urgência de campanhas de conscientização e políticas públicas voltadas ao apoio tanto aos doentes quanto aos cuidadores.

Sinais que podem indicar problemas neurológicos incluem lapsos de memória que prejudicam atividades diárias, dificuldades na comunicação e desorientação temporal ou espacial. Mudanças frequentes no humor e na personalidade são outros indicadores relevantes.

Embora ainda não exista cura para a Doença de Alzheimer, existem alternativas terapêuticas disponíveis. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos e programas de reabilitação cognitiva que visam auxiliar na manutenção da qualidade de vida dos pacientes. Além disso, o controle das condições crônicas como hipertensão e diabetes se mostra fundamental.

O desafio principal está em unir esforços para promover diagnósticos precoces e fomentar a conscientização sobre a doença. A Dra. Larissa enfatiza que “é crucial desenvolver medidas preventivas para lidar com essa condição que impacta inúmeras famílias no país”.

Os tratamentos existentes não têm a capacidade de reverter o avanço da doença; seu foco é administrar os sintomas à medida que a condição avança. A Doença de Alzheimer não atinge apenas o paciente; suas repercussões reverberam nas vidas dos cuidadores e na estrutura do sistema de saúde, demandando cuidados médicos multidisciplinares ao longo do tempo.

Por fim, a Dra. Larissa menciona os recentes avanços científicos que prometem melhorar tanto o diagnóstico quanto as opções terapêuticas para esta forma complexa de demência. A pesquisa continua focada em compreender melhor a doença e encontrar soluções mais eficazes para seus efeitos devastadores.

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  • Data: 07/02/2025 05:02
  • Alterado:07/02/2025 17:02
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  • Fonte: Ministério da Saúde









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