‘Ainda não é possível apontar se houve falhas’, disse porta-voz da PM de SP

Policiais e testemunhas estão prestando esclarecimentos sobre a morte de 9 pessoas durante tumulto após ação da PM em baile funk em Paraisópolis, na madrugada de domingo, 1.º

  • Data: 02/12/2019 14:12
  • Alterado: 02/12/2019 14:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
‘Ainda não é possível apontar se houve falhas’, disse porta-voz da PM de SP

Crédito:Reprodução/Instagram

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Além das 9 mortes, 12 pessoas ficaram feridas.

Em entrevista à Rádio Eldorado, o porta-voz da PM, tenente-coronel Emerson Massera, disse que ainda “não é possível apontar que houve uma falha dos policiais”. “Preventivamente, apreendemos as armas de todos policias e pedimos exame residuográfico”, afirmou o tenente-coronel.

Os policiais que participaram da ação negam ter disparado arma de fogo. A Corregedoria está investigando a ação da PM no pancadão. Imagens estão no inquérito e estão sendo analisadas – entre elas a que mostram agressões cometidas por policiais.

“É muito grave (a agressão), mas a primeira sensação que dá, não estou desqualificando o fato, que é extremamente grave, mas a sensação que temos é que não ocorre no problema do pancadão, que teve a correria das pessoas. A imagem é muito lenta e parada”, avaliou Massera. Os policiais que aparecem no vídeo serão identificados para saber se estavam em Paraisópolis na madrugada de domingo.

De acordo com a versão oficial, seis PMs estavam na Avenida Hebe Camargo, perto da comunidade, quando uma dupla passou de motocicleta por volta das 5h30 e atirou contra os policiais, ao serem abordados. Eles fugiram em direção à festa, que reuniu 5 mil pessoas.

Na chegada ao baile, os policiais dizem que teve início o tumulto e que os suspeitos se esconderam na multidão. Isso teria feito com que participantes da festa, em pânico, tropeçassem e se machucassem gravemente.

Já moradores, em relatos e vídeos, acusam os PMs de agir com truculência. O governo do Estado informou que vai investigar as circunstâncias das mortes para apontar se houve excessos. “Os policiais tentaram prevenir a instalação do pancadão. Começou a (se) fazer policiamento nos arredores para evitar crimes durante o evento. Em um dos pontos, passou uma moto, em atitude suspeita”, afirmou o porta-voz da PM.

Segundo Massera, os policiais pediram para eles pararem, mas os ocupantes atiraram e fugiram em direção ao baile funk. “A ação dos criminosos é que provocou o tumulto.”

Sem estrutura
Há quase uma década, o Baile da Dz7 (17) acontece aos fins de semana na região de Paraisópolis. Em algumas ocasiões começam na quinta e se estendem até domingo, o que gera reclamação de moradores do Morumbi, bairro vizinho. Jovens se deslocam de diversos locais da cidade rumo ao pancadão.

“O baile funk acontece há anos na comunidade Paraisópolis, sem estrutura adequada. É preciso focar em providências para oferecer local mais adequado para a realização do evento, que acontece aos fins de semana”, defendeu o tenente-coronel.

Segundo o porta-voz da PM, somente no último sábado, 30, foram registrados 250 pontos de pancadão na cidade de São Paulo. “Somente neste ano, já foram 45 operações que preveniram a realização do pancadão em Paraisópolis.”

Conforme moradores, esses bailes também se tornaram motivo de incômodo frequente, por causa do barulho e das aglomerações.

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  • Data: 02/12/2019 02:12
  • Alterado:02/12/2019 14:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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