Agosto Verde traz alerta de prevenção à leishmaniose

Também conhecida como calazar, doença não tem cura e afeta pets e humanos

  • Data: 19/08/2022 10:08
  • Alterado: 16/08/2023 08:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Faculdade Anhanguera
Agosto Verde traz alerta de prevenção à leishmaniose

Leishmaniose atinge pets e seres humanos

Crédito:Divulgação

Você está em:

Para quem convive com cães, é bem provável que já tenha se entristecido com casos de morte por leishmaniose. A enfermidade, popularmente conhecida como Calazar, é um tipo de zoonose que pode acometer animais de estimação e seres humanos. A contaminação ocorre por meio da picada do mosquito-palha, inseto predominante em regiões quentes e úmidas, com hábitos predominantemente noturnos e crepusculares, proveniente da família das moscas, porém pequeno como uma pulga.

Como explica a docente do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, professora Vanessa Lowe, o tamanho do mosquito justifica a facilidade da transmissão. “Por terem até 5 milímetros, eles não têm problemas para atravessar mosqueteiros e telas de proteção e alcançam mais pessoas e pets”, afirma. Diferente das fêmeas, os machos possuem mandíbulas rudimentares, não sendo capazes de penetrar na pele dos vertebrados e nem de se alimentar de sangue.

“As larvas do mosquito-palha também se alimentas de matéria orgânica em decomposição, então eles podem estar presentes em áreas com folhas, frutos e lixos, assim como fezes de animais. Para identificá-los, é preciso observar sua pigmentação, que varia entre o amarelo e a cor de palha, além de seu comportamento, pois é um inseto que mantém as asas eretas e semiabertas mesmo em repouso”, completa.

Após serem picados por uma fêmea infectada, os cães se tornam um reservatório do protozoário Leishmania. O mesmo pode acontecer quando o inseto, vetor da leishmaniose, picar um ser humano.

Não há cura para a doença, portanto, as formas de prevenção envolvem distanciamento de áreas com maior incidência dos mosquitos transmissores, geralmente ambientes rurais, uso de roupas com mangas e repelentes, orienta a acadêmica da Anhanguera. “Alguns roedores, que podem carregas o protozoário no organismo, são atraídos pelo lixo e por locais aquecidos dentro de casa. É importante manter a área residencial limpa e trocar regularmente a ração e água dos pets”, recomenda.

De modo geral, segundo a médica veterinária, é importante observar os pets caso eles apresentem o seguinte conjunto de sintomas:

Enfraquecimento do pelo;

Ferida no focinho, orelhas e região dos olhos;

Apatia;

Crescimento anormal das unhas;

Perda de peso, emagrecimento progressivo e anorexia;

Aumento do volume abdominal;

Paralisia dos membros.

O diagnóstico da leishmaniose ocorre de duas maneiras. A mais comum é pela sorologia — procurando a reação do organismo à presença do agente e a segunda, também eficaz, é a citologia, que rastreia o próprio parasita.

“Existe medicamento para o tratamento da leishmaniose, que age diretamente no protozoário hospedado, porém, ainda é necessário cuidar dos problemas pontuais do cão infectado, como as feridas de pele e perda de peso que surgem com o avanço da enfermidade”, finaliza.

Compartilhar:

  • Data: 19/08/2022 10:08
  • Alterado:16/08/2023 08:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Faculdade Anhanguera









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados