Agentes penais e funcionários feitos reféns são libertados no Equador
A maioria dos reféns eram membros da equipe penitenciária, mas havia também funcionários administrativos. Na quinta-feira (11), a autoridade carcerária havia registrado 178 reféns.
- Data: 14/01/2024 09:01
- Alterado: 14/01/2024 09:01
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Todas os que foram feitos reféns por grupos criminosos em prisões foram libertados no Equador, segundo divulgou autoridade que administra as penitenciárias no país, o Serviço Nacional de Atendimento Integral para Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNAI), na madrugada deste domingo (14).
A maioria dos reféns eram membros da equipe penitenciária, mas havia também funcionários administrativos. Na quinta-feira (11), a autoridade carcerária havia registrado 178 reféns.
Segundo o SNAI, os funcionários liberados passarão por avaliações médicas. O comunicado diz ainda que serão iniciadas investigações para determinar as causas e os responsáveis das ações que afetaram as prisões no país. O trabalho foi feito conjuntamente entre a Polícia Nacional e as Forças Armadas do Equador.
Na sexta (12), já tinha sido anunciada a libertação de três dos reféns. Na noite de sábado (13), o SNAI informou sobre a libertação de 24 guardas penitenciários dos e 17 funcionários administrativos, conforme informações da Agence France-Presse (AFP).
Também foi divulgada a morte de um guarda em confrontos com presos neste sábado em El Oro, no sudoeste do país, fronteira com o Peru, o que aumenta o número de mortos da atual crise para 19, entre civis, guardas penitenciários, policiais e presos.
Os grupos criminosos têm forte presença nas prisões do Equador, que vive uma de suas maiores crises na segurança pública. O epicentro do agravamento da crise é a cidade portuária de Guayaquil, palco do narcotráfico do país. O local subiu o estado de alerta após a fuga de ao menos seis detentos da prisão na noite de sexta-feira (12).
A crise atual começou no último domingo (7), quando o líder da facção Los Choneros, origem do atual estado de exceção sob o qual vive o paí, fugiu do presídio. Fito foi condenado a 34 anos de prisão por diversos crimes, entre eles tráfico de drogas e assassinato. Ele ainda não foi encontrado, mas as pistas iniciais mostram que pode estar na vizinha Colômbia.