Acusado de corrupção, ex-secretário-geral da Concacaf é banido pela Fifa
O executivo teria infringido o Código de Ética da entidade quando ocupava o cargo de secretário-geral da Confederação de Futebol das Américas Central e do Norte e do Caribe (Concacaf)
- Data: 01/10/2019 15:10
- Alterado: 01/10/2019 15:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Divulgação
Acusado de corrupção, o colombiano Enrique Sanz foi banido do futebol pela Fifa nesta terça-feira.
O executivo teria infringido o Código de Ética da entidade quando ocupava o cargo de secretário-geral da Confederação de Futebol das Américas Central e do Norte e do Caribe (Concacaf).
De acordo com a Fifa, ele foi considerado culpado pelo Comitê de Ética independente da entidade por violar uma série de artigos do Código, todos envolvendo corrupção. Sanz teria participado de diversos esquemas de corrupção relativos a competições organizadas pela Fifa, Concacaf, Confederação de Futebol do Caribe e Conmebol entre os anos de 2012 e 2015.
Pelas investigações, a entidade máxima do futebol mundial apurou que o colombiano infringiu o artigo 27 do seu Código de Ética – receber suborno e corrupção -, o que levou à decisão de suspensão definitiva de qualquer atividade relacionada ao futebol, seja na área esportiva ou administrativa, em nível nacional e mundial.
Além disso, Sanz recebeu como punição uma multa de 100 mil francos suíços, equivalente a R$ 417 mil. Segundo a Fifa, a suspensão tem início nesta terça-feira.
Com esta decisão, o colombiano de 45 anos segue o mesmo caminho do seu antecessor na secretária-geral da Concacaf. Chuck Blazer, que exerceu esta função entre 1990 e 2011, também foi banido do futebol após apuração interna da Fifa que apontou envolvimento com corrupção.
Também investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Sanz era o “co-conspirador número três”, em citação dos investidores norte-americanos. O colombiano nunca foi condenado pelas autoridades dos EUA, mas foi apontado como participante do esquema de corrupção quando ainda trabalhava para a Traffic USA, empresa de marketing esportivo também envolvida no caso, em 2012
Pela acusação do Departamento de Justiça, Sanz teria recebido uma “caríssima pintura de uma galeria de arte de Nova York” como suborno.