ACSP: varejo paulistano avança 7,7% no segundo semestre de 2022
Dado acumulado é do Balanço de Vendas; ACSP espera aumento modesto, mas alerta que endividamento das famílias, taxa de juros, inflação e alta nos preços serão vilãs em 2023
- Data: 19/01/2023 14:01
- Alterado: 19/01/2023 14:01
- Autor: Redação
- Fonte: ACSP
Crédito:Marcello Casal Jr / Agência Brasil
A movimentação no varejo da capital paulista avançou 7,7% no segundo semestre do ano passado sob o mesmo período de 2021, de acordo com o Balanço de Vendas, indicador elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP). A comparação com o primeiro semestre do ano passado com o ano anterior não foi possível em razão das medidas restritivas que o comércio foi submetido.
Nos cálculos feitos pelos economistas do IEGV com base em amostra da Boa Vista, houve retração de 2,4% comparando todo o período do ano passado com o ano de 2019, período pré-pandemia.
A avaliação do instituto de economia é que o crescimento no segundo semestre foi impulsionado pelos programas de transferência de renda do governo federal, aumento do emprego e pela recuperação da confiança dos consumidores.
Cenário de incertezas
A expectativa dos economistas da Associação Comercial de São Paulo para o setor este ano é de crescimento modesto devido à taxa de juros. Além disso, outros fatores influenciarão.
“Vai depender dos preços dos produtos agrícolas e do nível de consumo. Será um ano difícil pela maior taxa de juros e do nível de endividamento das famílias”, comenta Marcel Solimeo.
Segundo avaliou, a exemplo do que ocorreu no ano passado, a injeção de recursos extras pelo governo federal, por meio de programas sociais, pode ajudar a manter o ritmo de consumo das famílias.