Acre Declara Emergência em Saúde Pública por Aumento de Casos de Dengue

Medidas intensificadas para combater o surto e proteger a população.

  • Data: 10/01/2025 23:01
  • Alterado: 10/01/2025 23:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Acre Declara Emergência em Saúde Pública por Aumento de Casos de Dengue

Crédito:Nuzeee/Pixabay

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Na última quinta-feira, dia 9, o governo do Acre anunciou a declaração de situação de emergência em saúde pública como resposta ao alarmante aumento no número de casos de dengue no estado.

Dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Acre revelam que, entre 2024 e a primeira semana de 2025, foram registrados 4.036 diagnósticos confirmados da doença, incluindo a trágica morte de uma criança de 9 anos em dezembro. Além disso, há outros dois óbitos em investigação.

No total, o estado contabiliza 6.346 casos prováveis de dengue, um aumento significativo de 19,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O falecimento do menino Felipe Mota, que ocorreu em Cruzeiro do Sul, é um reflexo da gravidade da situação.

A situação da chikungunya é ainda mais preocupante, apresentando um crescimento expressivo de 411,9%, saltando de 59 para 302 casos prováveis. O zika vírus também mostrou um aumento considerável, com um crescimento de 49,5%, resultando em 173 casos prováveis.

O decreto emergencial visa facilitar o acesso a recursos financeiros e apoio federal para reforçar a infraestrutura necessária ao atendimento da população. Com duração prevista de 90 dias, as ações incluirão treinamento das equipes envolvidas e a distribuição dos insumos essenciais para combater o mosquito Aedes aegypti, especialmente nas áreas mais críticas.

O secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, justificou a medida afirmando que ela foi tomada diante do aumento significativo na demanda por atendimento nas unidades hospitalares e da expectativa de um pico de casos nas semanas seguintes.

Pascoal ressaltou que, entre os pacientes diagnosticados com dengue, 24 apresentaram sinais alarmantes e necessitaram ser internados. “Atualmente, onze municípios estão classificados como áreas de risco devido à doença. Desses, mais de 4.000 casos foram confirmados e um óbito foi registrado”, destacou o secretário.

Os municípios mais afetados incluem Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Epitaciolândia, onde se concentram a maior parte das notificações. Em Rio Branco, a prefeitura anunciou que um plano de contingência foi elaborado e várias entidades estão colaborando no combate à dengue.

A partir de dezembro, foi iniciado um mutirão na capital para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti durante o inverno, intensificando as ações preventivas.

Outro ponto crítico é a possibilidade do ressurgimento do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil após 17 anos sem circulação. Embora não tenham sido identificados casos desse tipo no Acre até o momento, as autoridades estaduais estão se preparando para agir preventivamente.

As autoridades enfatizam a importância da colaboração da população no controle da proliferação do mosquito. Isso inclui eliminar recipientes que possam acumular água e permitir a entrada dos agentes sanitários nas residências para controlar a reprodução do Aedes aegypti.

A orientação é que as pessoas busquem atendimento médico ao notarem sintomas relacionados às arboviroses. A Secretaria de Saúde recomenda priorizar as unidades básicas e os serviços de pronto atendimento para sintomas leves e moderados, reservando o Pronto-Socorro para casos mais graves.

Como parte das medidas preventivas em andamento no Acre, também está sendo realizada a vacinação contra dengue. O estado ainda possui vacinas Qdenga disponíveis para adolescentes entre 10 e 14 anos, que são incentivados a comparecer aos postos para se imunizar e contribuir na redução dos impactos da doença na comunidade.

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  • Data: 10/01/2025 11:01
  • Alterado:10/01/2025 23:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









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