_x000D_ Alesp se ilumina de lilás para mês de combate à violência doméstica contra a mulher _x000D_
Legislativo paulista adere a campanha e destaca leis aprovadas pelos parlamentares sobre o tema
- Data: 02/08/2021 20:08
- Alterado: 02/08/2021 20:08
- Autor: Redação
- Fonte: ALESP/Daniele Oliveira
Palácio 9 de Julho iluminado de lilás
Crédito:Carol Jacob
A violência contra as mulheres é uma questão real e recorrente no cotidiano dos brasileiros. Por isso, os deputados e deputadas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo buscam, por meio de proposituras, combater, prevenir e conscientizar a população paulista sobre o tema.
Neste ano, a campanha Agosto Lilás é uma das ações adotadas pelo Parlamento com o objetivo de chamar atenção para a questão e colocá-la em debate. Durante todo o mês de agosto, o Palácio 9 de julho, sede da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, será iluminado de lilás em apoio ao enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Marcado por campanhas e intervenções, neste ano o mês também evidenciará a celebração dos 15 anos de vigência da Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, uma das legislações pioneiras no combate à violência e opressão contra mulheres no Brasil.
A história por trás da norma quase se tornou uma tragédia, quando Maria da Penha Fernandes, uma farmacêutica cearense, ficou paraplégica devido à uma tentativa de feminicídio cometida pelo próprio companheiro. O processo de julgamento do crime correu por anos na Justiça, justamente por não existir uma legislação específica para crimes contra mulheres.
De acordo com o Ministério Público, as principais inovações da Lei 11.340/06 são: a especialização do atendimento no sistema de Justiça, com a criação de Juizados ou Varas específicas; as medidas protetivas de urgência (analisadas pelo/a juiz/a em até 48h) e o trabalho articulado entre as diferentes esferas do governo e da sociedade civil.
A deputada Janaina Paschoal (PSL) acredita que mais normas deveriam ser voltadas para a valorização da mulher. “Esse olhar para a mulher sempre como alguém que precisa de proteção me parece que é a contramão daquilo que a gente quer e é por isso que eu defendo mulheres que lutem”, afirmou.
Recentemente foi instituída a Lei 17.352/21, que cria o Programa BELAS emPENHAdas contra a Violência Doméstica e Familiar, que realiza a capacitação de profissionais da área de beleza e estética para disseminarem informações sobre violência doméstica e familiar, com objetivo de combater o problema. De autoria da deputada Delegada Graciela (PL), o plano prevê ainda que a qualificação seja ministrada pelo ILP (Instituto do Legislativo Paulista).
Datas relevantes
Outras normas contribuem para a construção da conscientização dos paulistas por meio de datas comemorativas. A Lei 14.567/11, por exemplo, institui o Dia da Defesa da Mulher, celebrado anualmente em 6 de agosto. Além dela, na data 8 de março, as mulheres são homenageadas internacionalmente, e, durante todo o mês, a campanha estadual Maria da Penha, instituída pela Lei 16.926/19, mobiliza a sociedade.
NÚMEROS
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, somente nos seis primeiros meses de 2021, foram registradas 72.101 ocorrências de violência contra mulheres, incluindo homicídio, feminicídio, estupro e outros atentados. No primeiro semestre do ano passado, 62.479 casos foram denunciados.
Para efetuar uma denúncia de violência doméstica ou familiar, vá até uma Delegacia de Defesa da Mulher ou entre em contato com a central de atendimento à mulher. Ligue 180. O canal funciona 24h por dia e é confidencial e gratuito.