De acordo com relatório das 175 praias usadas por banhistas no litoral paulista, 43 estão impróprias para banho

Descarte indevido de resíduos prejudica balneabilidade do mar

  • Data: 24/02/2025 16:02
  • Alterado: 24/02/2025 16:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria
De acordo com relatório das 175 praias usadas por banhistas no litoral paulista, 43 estão impróprias para banho

Crédito:Divulgação/Cetesb

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Tendo em vista que estamos a cinco dias do Carnaval – época que regiões litorâneas são procuradas como destino para celebrar a folia – os números são alarmantes. De acordo com o relatório de qualidade da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) 43 praias do litoral de São Paulo se encontram impróprias para banho. 11 delas estão localizadas no Litoral Norte e 32 no Litoral Sul.

Uma praia é considerada imprópria para banho quando a água apresenta mais de 100 colônias de bactérias por 100 ml. Além do esgoto irregular, um dos principais fatores que afetam a qualidade da água é o descarte incorreto de resíduos sólidos. Quando resíduos como plásticos, latas e outros materiais não são descartados corretamente, acabam chegando ao mar, poluindo a água e prejudicando a vida marinha.

A falta de descarte adequado impede que esses resíduos sejam reciclados e reaproveitados, aumentando o acúmulo de lixo nas praias. Diante desse cenário, iniciativas que promovem o descarte correto e a reciclagem são fundamentais para transformar essa realidade. O Recicla Junto, criado em 2019 pela Cristalcopo, atua diretamente nessa conscientização, engajando comunidades e turistas para que resíduos plásticos e outros materiais tenham a destinação certa. Quando descartados corretamente, esses resíduos são reciclados e voltam para o ciclo produtivo, evitando a poluição dos oceanos. Até hoje, o Recicla Junto já viabilizou a reciclagem de 440 toneladas de resíduos, provando que a economia circular é a solução para reduzir o impacto ambiental e gerar benefícios para a sociedade.

Desde a criação do projeto Recicla Junto em 2019, temos buscado ativamente promover uma cultura de responsabilidade ambiental e economia circular. Cada iniciativa demonstra nosso empenho em fazer a diferença e inspirar outros a se juntarem a nós nessa jornada”, afirma Augusto Freitas, fundador do projeto Recicla Junto e presidente executivo da Cristalcopo.

De acordo com o WWF, cada brasileiro gera cerca de 1 kg de plástico por semana, mas apenas 13% desse material é reciclado no país. Projetos como o Recicla Junto demonstram que, com conscientização e esforço coletivo, esse cenário pode mudar, preservando os oceanos e contribuindo para a geração de renda de diversas famílias que vivem da reciclagem. A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) estima que cada tonelada de plástico reciclado cria trabalho para 3,16 catadores por mês. Quando se recicla, novos destinos são dados aos resíduos, criando-se uma cadeia produtiva sustentável. 

Um exemplo foi a ação realizada em 2020 na Ilha do Mel, no Paraná, que mobilizou participantes locais e visitantes voluntários. Foi realizado um mutirão de limpeza das praias e encostas. Foram coletados mais de 790 kg de resíduos e também distribuídas lixeiras para os empreendimentos locais, para deixar um legado e incentivar o descarte correto com os moradores e os estabelecimentos locais.

Os resíduos coletados na Ilha do Mel foram transformados em brinquedos e doados para escolas do Paraná. Outro destaque foi a parceria com o projeto Remar, Limpar e Ensinar, que limpou praias desertas ao longo de 1.000 km, da Rota de Guaratuba (PR) a Angra dos Reis (RJ). Em dois dias, foram retirados 950 kg de resíduos de 250 km de praias.

“O Recicla Junto busca transformar a realidade por meio do exemplo, mostrando que é possível reduzir os impactos ambientais por meio da economia circular. Nosso objetivo é promover a educação e a conscientização socioambiental”, destaca Freitas.

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  • Data: 24/02/2025 04:02
  • Alterado:24/02/2025 16:02
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