Foliões devem estar atentos a fraudes durante o Carnaval
Veja dicas da ABBC para foliões garantirem segurança nas compras e evitarem golpes
- Data: 18/02/2025 09:02
- Alterado: 18/02/2025 10:02
- Autor: Redação
- Fonte: ABBC
O Carnaval é um dos períodos mais festivos do Brasil, mas também um momento em que as fraudes financeiras tendem a aumentar. A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) emitiu alertas importantes para que os foliões tomem precauções ao adquirir alimentos e bebidas em blocos de rua.
Através da campanha “Tem Cara de Golpe”, a ABBC oferece orientações valiosas para evitar fraudes financeiras. Um dos principais conselhos da entidade é que os foliões sejam extremamente cautelosos ao realizar compras, especialmente em locais não convencionais. Os portadores de cartões devem evitar entregá-los diretamente aos vendedores, já que criminosos podem se disfarçar de comerciantes legítimos e, durante a transação, memorizar senhas e trocar os cartões.
Além disso, a associação adverte contra a aceitação de pagamentos quando o visor da máquina de cartão estiver danificado ou apagado, pois isso pode facilitar a aplicação de valores inflacionados pelas vítimas. É crucial que os consumidores verifiquem o montante exibido antes de confirmar qualquer transação.
Outra recomendação da ABBC é optar pelo pagamento via aproximação com dispositivos móveis. Esse método é considerado mais seguro devido à camada adicional de autenticação proporcionada por biometria ou senhas associadas à carteira digital. Para aqueles que utilizam cartões físicos, é aconselhável desativar a função de aproximação para prevenir débitos não autorizados, uma vez que criminosos podem explorar a aglomeração para capturar sinais e realizar cobranças indevidas.
Sílvia Scorsato, presidente da ABBC, ressalta que durante o Carnaval também são frequentes tentativas de roubo e furto de celulares. “Os criminosos buscam acesso a aplicativos bancários para obter vantagens financeiras. Portanto, é fundamental que os usuários adotem senhas robustas e ativem múltiplas camadas de segurança, como autenticação em dois fatores e biometria nos aplicativos”, afirmou Scorsato.
Fraudes comuns no período carnavalesco
Entre as fraudes mais comuns durante o Carnaval está o golpe do link falso (phishing), frequentemente associado à compra de ingressos. Criminosos criam sites fraudulentos que simulam plataformas oficiais para enganar os consumidores e roubar dinheiro. A ABBC recomenda que os compradores verifiquem sempre a autenticidade dos sites, buscando certificados de segurança e conferindo as URLs dos vendedores autorizados.
Outro golpe recorrente é o famoso golpe do Pix, onde golpistas se fazem passar por vendedores e alteram o valor antes de apresentar o QR Code para pagamento. É essencial que os foliões verifiquem cuidadosamente o preço do produto antes de confirmar qualquer transação. Uma boa prática sugerida pela ABBC é limitar os valores que podem ser movimentados através do Pix.
A fraude envolvendo redes públicas de wi-fi também merece destaque nesta época do ano. Criminosos podem utilizar redes desprotegidas para espionar a navegação dos usuários e interceptar informações sensíveis. A ABBC aconselha evitar o uso dessas redes e recomenda utilizar baterias externas com cabos e carregadores próprios ao precisar recarregar dispositivos móveis.
Dicas adicionais para segurança
Para garantir uma experiência mais segura durante o Carnaval, a ABBC sugere que os foliões ativem controles de segurança em seus smartphones, como autenticação em múltiplos fatores e proteção contra roubo nos dispositivos Android e Apple. Além disso, recursos de localização e bloqueio remoto devem ser configurados previamente.
No caso dos aplicativos bancários, os usuários devem ativar opções de segurança como localização e limites baixos para transferências. É crucial ocultar informações sensíveis e garantir que pagamentos digitais só sejam efetuados com autenticação biométrica.
Caso ocorra roubo ou furto do celular, as vítimas devem imediatamente registrar um boletim de ocorrência junto aos órgãos competentes e comunicar seu banco através dos canais oficiais. Também é vital informar à operadora de telefonia sobre a situação para bloquear o dispositivo completamente; essa ação requer o número IMEI do aparelho, facilmente acessível nas configurações do telefone na opção “Sobre o telefone”.