Contratos futuros de petróleo registram alta em meio a tensões no Oriente Médio
Os preços do petróleo subiram devido a incertezas no cessar-fogo em Gaza e sanções dos EUA ao Irã, com o WTI a US$ 72,32 e Brent a US$ 75,87.
- Data: 10/02/2025 18:02
- Alterado: 10/02/2025 18:02
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Os contratos futuros de petróleo apresentaram uma valorização significativa nesta segunda-feira, 10 de novembro, impulsionados por preocupações renovadas sobre a estabilidade do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Autoridades do Hamas relataram que a próxima fase de liberação de reféns poderá ser postergada, devido a alegações de que Israel teria descumprido os termos do acordo estabelecido.
A pressão sobre os preços da commodity também se intensifica em decorrência das sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irã, o que gera incertezas acerca da oferta global. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com vencimento em março subiu 1,85%, encerrando o dia cotado a US$ 72,32 por barril. De maneira similar, o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), registrou um aumento de 1,62%, fechando a US$ 75,87 por barril.
Mediadores expressam preocupação com um possível colapso do acordo de cessar-fogo em Gaza, conforme informações fornecidas por fontes de segurança egípcias à Reuters. O Hamas afirmou que Israel não demonstrou comprometimento adequado para cumprir os termos acordados.
Adicionalmente, representantes do Hamas indicaram que as garantias oferecidas pelos EUA para assegurar o cessar-fogo já não estão mais válidas, citando um plano do ex-presidente Donald Trump que visaria deslocar os palestinos da região.
Além das tensões no Oriente Médio, a recuperação dos preços do petróleo também é atribuída às novas sanções norte-americanas direcionadas às exportações petrolíferas do Irã e a dados otimistas sobre a inflação na China. Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank, destacou que esses fatores desempenham um papel crucial na formação do atual cenário do mercado.
A Capital Economics apontou que os comentários recentes de Trump sugerem um potencial retorno à sua estratégia de “pressão máxima” sobre o Irã. Contudo, a consultoria observa que a influência do ex-presidente pode ser limitada quando se trata da oferta doméstica.
O cenário previsto pela Capital Economics para uma eventual queda nos preços do petróleo sugere que os executivos da indústria podem não seguir o apelo do presidente para um aumento significativo na produção da commodity.