Consórcio ABC adia eleição presidencial e foca na reintegração de São Caetano
Prefeitos discutem a volta de São Caetano ao grupo e marcam nova assembleia para eleger a presidência no dia 28 de janeiro
- Data: 15/01/2025 11:01
- Alterado: 15/01/2025 11:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Consórcio ABC
Crédito:Divulgação/Consórcio ABC
Na manhã desta terça-feira (14/01), seis prefeitos da região se reuniram para oficializar a reintegração de São Bernardo ao Consórcio Intermunicipal Grande ABC, após um afastamento de 23 meses. A presença de São Caetano, sob a gestão de Tite Campanella (PL), ainda é incerta, o que levou à convocação de uma nova assembleia marcada para o dia 28, com o objetivo de eleger um novo presidente e possivelmente persuadir o município a retornar ao colegiado.
O encontro foi presidido interinamente pelo prefeito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB), que acolheu Marcelo Lima (Podemos), novo representante de São Bernardo no consórcio. Durante a reunião, os participantes enfatizaram o desejo coletivo de reverter a exclusão de São Caetano da entidade, propondo uma “força-tarefa” para atrair a cidade nos próximos dias.
Novo formato de gestão para atrair São Caetano
Os representantes dos municípios discutiram a necessidade de um “novo formato de gestão” para convencer São Caetano a reintegrar-se. Marcelo Lima expressou confiança na capacidade administrativa de Tite, destacando sua habilidade em gerir questões regionais críticas entre as cidades limítrofes. “Estamos em diálogo e acredito que Tite pode implementar um excelente trabalho em São Caetano,” afirmou Lima.
O prefeito de Santo André, Gilvan Júnior (PSDB), celebrou a volta de São Bernardo e reiterou a importância da união entre os sete municípios da região. “A união é fundamental para o desenvolvimento do ABC, e estamos comprometidos em conversar com Tite sobre o retorno de São Caetano ao Consórcio,” comentou.
A saída dos ex-prefeitos José Auricchio Júnior (PSD) e Orlando Morando (sem partido) do consórcio no final de 2022 ocorreu devido a desavenças com Paulo Serra (PSDB) de Santo André, resultantes de disputas internas no PSDB. Esse descontentamento culminou no rompimento da aliança regional, concretizado nos primeiros meses do ano seguinte com aprovação das câmaras municipais.
Desafios financeiros e orçamentários
Em contraste com seu antecessor, Lima, que foi vice-prefeito por seis anos, agiu rapidamente para reintegrar São Bernardo ao Consórcio logo nos primeiros dias do seu governo. No entanto, até o momento, Tite não indicou sua intenção de reintegrar São Caetano ao grupo.
Enquanto isso, o time de prefeitos do ABC continuará atuando sem a representação de São Caetano, composto por Taka Yamauchi, Lima, Gilvan Júnior, Marcelo Oliveira (PT – Mauá), Guto Volpi (PL – Rio Grande da Serra) e Akira Auriani (PSB – Rio Grande da Serra).
Lima demonstrou entusiasmo com sua volta ao consórcio, ressaltando a importância da discussão prática das necessidades regionais sem se perder em discursos vazios. “Estamos aqui para focar na responsabilidade que cada um tem em representar sua região da melhor forma possível,” destacou.
A nova adesão ao Consórcio Intermunicipal trará implicações financeiras significativas. Os prefeitos terão que decidir sobre um plano de parcelamento para que São Bernardo quite sua dívida acumulada com o consórcio, que atualmente soma R$ 19,9 milhões. O valor será dividido em várias parcelas.
Com a reintegração de São Bernardo, espera-se um aumento na previsão orçamentária do consórcio para este ano, passando de R$ 10,6 milhões para R$ 10,8 milhões. Em contrapartida, a participação financeira individual por município será reduzida de 0,28% para 0,15%. Se São Caetano também retornar ao consórcio, a previsão orçamentária poderá alcançar R$ 11,3 milhões e a cota por cidade cairia para 0,13%.