Meta encerra programas de diversidade e checagem de fatos e já enfrenta problemas

Decisão de Mark Zuckerberg gera polêmica e reações de autoridades no Brasil e na Europa

  • Data: 14/01/2025 07:01
  • Alterado: 14/01/2025 07:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Érica Oliveira/Plataformane
Meta encerra programas de diversidade e checagem de fatos e já enfrenta problemas

Crédito:Shutter Speed/Unsplash

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Nesta última semana, a Meta, companhia dona do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, anunciou a substituição da checagem de fatos por notas da comunidade, recurso semelhante ao encontrado na rede social X (ex-Twitter) de Elon Musk. Logo após a decisão polêmica, a companhia de Mark Zuckerberg também confirmou o encerramento dos seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). As mudanças na atuação da big tech já levantaram preocupações em usuários e autoridades no Brasil e ao redor do mundo.

Meta troca checagem de fatos por notas da comunidade

A Meta anunciou na última terça-feira (07/01) que irá encerrar o seu programa de checagem de fatos via parceiros externos nas redes sociais da companhia. A novidade foi revelada por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em vídeo no Instagram e em uma nota oficial no site da empresa. “Permitiremos mais liberdade de expressão ao suspender restrições sobre alguns assuntos que fazem parte do discurso dominante e concentrar a moderação de conteúdo em postagens ilegais e de alta gravidade”, diz a companhia em comunicado.

Para substituir a verificação de fatos, a big tech vai lançar um recurso baseado em Notas Comunidades, parecido com o modelo que encontramos no X (ex-Twitter). A migração chegará primeiramente nos Estados Unidos nos próximos meses, mas a Meta ainda não especificou uma previsão de data. 

O fim da checagem de fatos por terceiros já gerou reações de autoridades nacionais e internacionais. No Brasil, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou uma notificação extrajudicial para a companhia, solicitando esclarecimentos sobre a decisão. Enviada nesta sexta-feira (10/01), a notificação dá o prazo de 72 horas para que a Meta responda a instituição do governo sobre quais as providências serão adotadas para assegurar o respeito aos direitos fundamentais. 

Na Europa, quando questionado sobre a mudança anunciada por Zuckerberg, o secretário de tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle, disse que o anúncio era “uma declaração americana para usuários de serviços americanos”. O secretário ainda acrescentou “se você vier e operar neste país, estará cumprindo a lei e a lei diz que conteúdo ilegal deve ser removido”.

Meta encerra programa de diversidade

Em 10 de janeiro, o site de notícias Axios revelou que a Meta decidiu encerrar os seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), conforme um memorando interno obtido pelo site. O memorando foi enviado para os funcionários por Janelle Gale, vice-presidente de recursos humanos. Com a decisão, a companhia de Zuckerberg vai dar fim às práticas de contratações diversificadas, encerrar os programas de treinamento em equidade, acabar com os esforços de diversidade de fornecedores e dissolver a equipe focada nos programas. 

Todas essas iniciativas buscavam promover a presença de grupos minoritários. Ao finalizá-los, a Meta segue o caminho de outras companhias internacionais que tomaram medidas semelhantes, como o McDonald’s, o Walmart e a Ford. O fim dos programas de diversidade veio à tona apenas três dias depois do anúncio de encerramento da checagem de fatos nas mídias sociais da companhia.

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Fonte: Meta, BBC, Axios, The Guardian, Tecnoblog, Canaltech

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  • Data: 14/01/2025 07:01
  • Alterado:14/01/2025 07:01
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  • Fonte: Érica Oliveira/Plataformane









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