Reunião da sala de crise avalia impactos do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek

Por ser interestadual, a gestão e regulação das águas do rio é de responsabilidade da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Na última sexta-feira, autarquia atestou qualidade da água

  • Data: 31/12/2024 08:12
  • Alterado: 31/12/2024 08:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo Federal
Reunião da sala de crise avalia impactos do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek

Crédito:Bombeiros Militar/Governo do Tocantins

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No dia 30 de dezembro, foi realizada a segunda reunião da Sala de Crise, com o objetivo de monitorar os efeitos do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira sobre a qualidade da água do Rio Tocantins. O incidente, que ocorreu em 22 de dezembro, envolveu a queda de três caminhões, um dos quais transportava ácido sulfúrico e outros dois continham defensivos agrícolas.

A reunião foi coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e contou com a presença de representantes de diversas instituições federais, incluindo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério da Saúde (MS), entre outros órgãos estaduais e federais. Durante o encontro, foram discutidas as coletas diárias realizadas para avaliar o abastecimento de água a jusante do ponto do desabamento.

De acordo com informações divulgadas pela ANA na última sexta-feira, 27 de dezembro, não houve vazamento detectado de ácido sulfúrico nos quatro pontos monitorados entre a ponte e a captação da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), localizada a 120 km rio abaixo do local do acidente. Técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema/MA) realizaram coletas que foram analisadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

O supervisor de Emergência Ambiental da Sema, Caco Graça, relatou que as operações de mergulho para busca dos corpos perdidos permitiram identificar que o tanque que continha ácido sulfúrico estava perfurado. As empresas responsáveis pelos caminhões deverão retirar os materiais ainda submersos após a conclusão das análises técnicas.

Alan Vaz Lopes, superintendente adjunto da ANA, ressaltou que as notificações foram enviadas às empresas responsáveis para iniciar a remoção dos produtos do fundo do rio. Ele afirmou que até o momento não foram identificados problemas na qualidade da água e destacou a importância das ações planejadas para garantir a segurança ambiental.

Luiz Guilherme Rodrigues, diretor de Planejamento e Pesquisa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), assegurou que não há risco imediato de novos desabamentos na estrutura remanescente da ponte, mas afirmou que a situação está sendo monitorada. Ele também anunciou que uma empresa foi quase contratada para realizar a demolição e reconstrução da ponte assim que as prioridades relacionadas ao resgate dos corpos forem atendidas.

Cristiane de Oliveira, coordenadora-substituta do Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas do Ibama, informou que coletas estão sendo realizadas pela Universidade de Brasília (UnB) para identificar possíveis vazamentos no leito do rio. Essas análises são essenciais para garantir a segurança das equipes envolvidas nas operações de mergulho e proteger o meio ambiente.

O Rio Tocantins é um dos principais cursos d’água brasileiros, com aproximadamente 2.400 km de extensão. É considerado o segundo maior rio inteiramente brasileiro, perdendo apenas para o São Francisco. O rio se origina entre Goiás e atravessa os estados do Tocantins e Maranhão antes de desaguar no Pará.

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  • Data: 31/12/2024 08:12
  • Alterado:31/12/2024 08:12
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