FUVEST 2025: Primeiro dia da segunda fase equilibra literatura e língua portuguesa
Dos 30.381 aprovados para a segunda fase, 1.890 não compareceram - um índice de abstenção de 6,22%
- Data: 15/12/2024 19:12
- Alterado: 15/12/2024 19:12
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Roberto Sungi
A prova do primeiro dia da segunda fase da Fuvest – Fundação para o Vestibular, realizada neste domingo, 15 de dezembro, foi marcada pelo equilíbrio entre as questões de literatura e as de língua portuguesa.
Com dez perguntas dissertativas no total e uma redação, o exame abordou cinco das nove obras de leitura obrigatória: Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles; Quincas Borba, de Machado de Assis; Os Ratos, de Dyonélio Machado; Nós Matamos o Cão Tinhoso!, de Luís Bernardo Honwana; e Água Funda, de Ruth Guimarães. Em relação à primeira fase, apenas Água Funda ainda não havia sido cobrada.
Os avaliadores também propuseram discussões atuais, como uma crônica de Ruy Castro sobre os neologismos futebolísticos e trecho de entrevista do escritor e ativista Ailton Krenak sobre o conceito de necropolítica. A prova ainda contou com uma pergunta sobre a relação entre o uso da inteligência artificial no ensino e sua aplicação no mundo do trabalho e uma sobre a reciclagem.
Dos 30.381 aprovados para a segunda fase, 1.890 não compareceram – um índice de abstenção de 6,22%. A cidade com menor taxa de ausentes foi Guarulhos, com 3,54%, e a maior Franca, com 11,57%. Na capital, o indicador foi de 6,40%.
Para a redação, foram sugeridos seis textos para a construção de uma dissertação de caráter argumentativo sobre o tema “Relações sociais por meio da solidariedade”. Três deles foram de origem literária: fragmentos de Quincas Borba e de Água Funda, ambas leituras obrigatórias para este ano, e um trecho da obra Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves. A obra inspirou o enredo da Portela para o Carnaval de 2024.
Além desses três trechos literários, havia também um poema de Cazuza, da música “O Tempo Não Para”, um texto de origem filosófica, de Edgar Morin, do livro Fraternidade: para Resistir à Crueldade do Mundo, e ainda um trecho da Declaração dos Líderes do G20, durante reunião ocorrida do Rio de Janeiro, em novembro deste ano, que faz referência à criação da aliança global contra a fome e a pobreza. “Para elaborar a dissertação, os candidatos contaram com diversos textos de apoio, que traziam diferentes perspectivas a respeito do assunto, como aspectos sociais, econômicos, culturais, políticos e até biológicos da solidariedade”, destaca Gustavo Monaco, diretor executivo da FUVEST.
Amanhã, no segundo dia de prova, os candidatos responderão a 12 questões dissertativas cujas disciplinas podem variar de acordo com a carreira.
Clique no link abaixo para visualizar a prova do primeiro dia da segunda fase: