FUABC assume gestão de novo serviço no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos
Entidade irá gerenciar o Centro de Tratamento de Malformação Craniofacial (CTMC) da unidade
- Data: 25/11/2024 10:11
- Alterado: 25/11/2024 10:11
- Autor: Redação
- Fonte: FUABC
FUABC assume novo serviço no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos
Crédito:Divulgação
A Fundação do ABC acaba de vencer mais um chamamento público da Secretaria de Estado da Saúde. Desta vez, para gerenciar o Centro de Tratamento de Malformação Craniofacial (CTMC) do Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos. No local a FUABC já responde pela gestão de 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (10 pediátricos e 30 adultos). A assinatura do novo contrato foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 19 de novembro. O valor é de R$ 184,6 mil mensais, ou R$ 2,2 milhões ao ano. O serviço sob gestão da FUABC inicia nesta segunda-feira, 25 de novembro.
Há 18 anos o HGA é referência no tratamento de pacientes com fissuras labiopalatinas (FLP), popularmente conhecidas como lábio leporino, e malformações craniofaciais congênitas. A FLP é uma malformação caracterizada por uma abertura na região do lábio e/ou palato (céu da boca) ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 650 crianças no Brasil nasce com a malformação, cuja causa ainda não foi definida.
O plano de trabalho da FUABC tem como objetivo garantir que todos os pacientes que necessitam de serviços especializados nesta área tenham acesso adequado a tratamentos e acompanhamentos, inclusive com suporte de psicólogos para apoio abrangente e humanizado. O processo inclui a identificação das necessidades individuais dos pacientes, a realização das terapias necessárias para o seu desenvolvimento e a execução de procedimentos cirúrgicos para melhorar a funcionalidade e a estética dos pacientes.
A fissura labiopalatina pode provocar alterações na fala, dificuldades alimentares, infecções de ouvido e comprometimento do desenvolvimento da arcada dentária e da face do paciente. Tais fatores afetam significativamente o bem-estar e o desenvolvimento integral do indivíduo, além de causar implicações no desenvolvimento intelectual e na inclusão social. Portanto, a FLP constitui um problema de saúde pública que vai além da simples correção cirúrgica: trata-se de promover a reabilitação física e a integração social do paciente.
O atendimento no ambulatório do CTMC será realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, por equipe multidisciplinar composta por nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social, pedagogo, dentista, protético, ortodontista, buco-maxilo, auxiliar odontológico, equipe médica formada por cirurgiões plásticos, otorrinolaringologistas, além de profissionais administrativos. Os atendimentos serão ofertados de forma agendada e preveem consultas e retornos de acordo com as necessidades dos pacientes e do tratamento proposto.