Vídeo desmente declaração de PM sobre morte de estudante de medicina
Imagens de segurança contradizem versão policial sobre tentativa de desarmamento e geram indignação social.
- Data: 21/11/2024 14:11
- Alterado: 21/11/2024 14:11
- Autor: Redação
- Fonte: Terra
Crédito:Reprodução
Na madrugada desta quarta-feira, 20, um trágico incidente ocorreu na zona sul de São Paulo, resultando na morte do estudante de Medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos. O jovem foi alvejado à queima-roupa por policiais militares nas proximidades da Rua Cubatão, Vila Mariana. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o episódio teve início quando Marco Aurélio teria dado um tapa no retrovisor da viatura policial durante patrulhamento, desencadeando uma perseguição.
Os agentes alegaram em depoimento que o estudante, ao fugir para um hotel onde estava hospedado, tentou agarrar a arma de um dos policiais. Contudo, imagens das câmeras de segurança do local oferecem uma narrativa distinta dos acontecimentos relatados pelos oficiais.
Segundo as gravações, Marco Aurélio resistiu à abordagem policial e foi imobilizado após um dos agentes desferir-lhe um chute. O estudante teria segurado a perna do policial, que perdeu o equilíbrio e caiu. Em seguida, outro agente disparou contra o jovem, atingindo-o no peito. As imagens não corroboram a alegação de que o estudante teria tentado se apoderar da arma de fogo.
Após ser baleado, Marco Aurélio foi prontamente socorrido e levado ao Hospital Ipiranga. Infelizmente, ele não resistiu às duas paradas cardiorrespiratórias e veio a óbito por volta das 6h40. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), classificado como morte decorrente de intervenção policial.
Os policiais envolvidos foram afastados das atividades operacionais e estão sob investigação formal. A arma utilizada no incidente foi apreendida para perícia. A SSP destacou que o inquérito segue em curso para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos conforme necessário.