Itália apoia acordo Mercosul-UE, mas exige ajustes para avanço definitivo
O apoio está condicionado a ajustes em questões como meio ambiente e direitos trabalhistas
- Data: 18/11/2024 13:11
- Alterado: 18/11/2024 13:11
- Autor: Redação
- Fonte: Terra
Crédito:Marcos Oliveira/Agência Senado
O vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, expressou recentemente o apoio condicional de seu país ao acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas, Tajani afirmou que, embora a Itália seja “favorável em princípio” ao tratado, existem aspectos que necessitam de ajustes para atender plenamente aos interesses italianos.
As observações de Tajani foram feitas em um contexto de discussões intensificadas sobre o acordo, especialmente após declarações do ministro italiano da Agricultura e Soberania Alimentar, Francesco Lollobrigida. Este último manifestou reservas em relação ao texto atual do tratado, alegando que ele não é aceitável devido a divergências entre os blocos em questões cruciais como normas ambientais e direitos trabalhistas.
Tajani enfatizou que “ainda há pontos sem consenso”, corroborando a preocupação levantada por Lollobrigida. O ministro da Agricultura havia destacado anteriormente a necessidade de garantir que os países do Mercosul se comprometam com padrões semelhantes aos impostos aos agricultores europeus, especialmente no que tange aos direitos dos trabalhadores e à proteção ambiental.
Lollobrigida salientou que, na forma atual, o acordo UE-Mercosul não pode ser aceito. Ele ressaltou a importância de um mercado mais aberto, mas sublinhou as diferenças significativas nas economias e nas regulamentações trabalhistas e ambientais dos dois blocos.
Assim, enquanto a Itália manifesta seu interesse em avançar com o tratado, permanece firme na necessidade de resolver essas discrepâncias para assegurar que o acordo seja benéfico e equitativo para todas as partes envolvidas.