Dívida Bruta do Brasil Atinge 78,3% do PIB
Desafios Econômicos e Fiscais Aumentam Sob Governo Lula.
- Data: 12/11/2024 22:11
- Alterado: 12/11/2024 21:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A dívida bruta do Brasil apresentou um aumento significativo no segundo ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, refletindo desafios econômicos importantes. De acordo com dados do Banco Central, a dívida passou de 75,2% para 78,3% do PIB até setembro. Embora tenha havido uma leve redução em setembro, essa queda não é suficiente para reverter a tendência de alta do endividamento.
A dívida bruta é um indicador crucial para investidores, pois avalia a saúde fiscal do país. O aumento recente deve-se principalmente à incorporação de juros nominais e à alta da Selic, que chegou a 11,25% ao ano. Cerca de metade dos títulos emitidos pelo governo são atrelados a essa taxa, aumentando a pressão sobre as contas públicas. A emissão líquida de dívida também contribuiu para essa elevação, sinalizando que o governo está captando mais recursos do que o necessário para rolar sua dívida.
Projeções indicam que a dívida pode ultrapassar 81% do PIB até 2026, um nível considerado insustentável para o Brasil em estudos anteriores. Para estabilizar essa trajetória, seria necessário alcançar um superávit primário próximo de 1% do PIB. Contudo, o objetivo traçado pelo ministro Fernando Haddad é alcançar um déficit zero.
O aumento das despesas previdenciárias e do BPC também pesam no orçamento. Sob essa pressão, medidas de contenção de despesas estão sendo discutidas, mas tais ações precisam ser acompanhadas por um crescimento nas receitas para efetivamente conter o avanço da dívida.
Diante desse cenário, o governo enfrenta o desafio de equilibrar suas contas públicas sem comprometer o crescimento econômico e o bem-estar social. A sustentabilidade fiscal dependerá de uma gestão cuidadosa das políticas econômicas nos próximos anos.