Saiba como o trabalho dos servidores da Agricultura paulista chegam até você

Ações voltadas à pesquisa, defesa agropecuária e extensão rural contribuem para levar desenvolvimento ao campo e alimento saudável ao consumidor

  • Data: 29/10/2024 13:10
  • Alterado: 29/10/2024 13:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: SAA
Saiba como o trabalho dos servidores da Agricultura paulista chegam até você

Crédito:Elza Fiúza/Agência Brasil

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Em 28 de outubro é celebrado nacionalmente o Dia do Servidor Público. A data é uma homenagem aos homens e mulheres que dedicam suas carreiras a desempenhar e melhorar continuamente os serviços públicos tão essenciais à população de cada município, estado e do país. Em São Paulo, os servidores públicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento são responsáveis por levar adiante projetos e programas que trazem desenvolvimento e dignidade à população rural, ao mesmo tempo que garantem que os consumidores sigam tendo acesso a mais e melhores alimentos e a indústria, a matérias-primas indispensáveis, sempre com foco na garantia da sanidade e na sustentabilidade.

Conheça abaixo algumas ações das coordenadorias da Agricultura paulista e como elas beneficiam você e sua família!

Pesquisa científica aumenta produção agropecuária e leva mais comida para o prato do brasileiro

A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) é a maior agência estadual de pesquisa agrícola do Brasil. Suas sete instituições públicas de pesquisa são referência no país e no exterior no desenvolvimento de tecnologias e prestação de serviços que são fundamentais para garantir que o alimento que chega na casa do consumidor seja seguro e de qualidade. Veja como isso impacta sua vida:

Sanidade em boas mãos

Assim como os animais e os seres humanos, as plantas também podem ficar doentes. Quando isso acontece em uma plantação, a produção pode ficar comprometida e o agricultor tem prejuízo. Agora, quando são muitas plantações atingidas ao mesmo tempo, a população pode ter menos alimentos disponíveis e os preços ficam mais altos. Para evitar que isso aconteça, o Estado de São Paulo conta com o trabalho dos servidores públicos do Instituto Biológico (IB). No Laboratório de Fitovirologia e Fisiopatologia do Centro de Pesquisa em Sanidade Vegetal do IB, os pesquisadores estudam vírus e viroides importantes para a agricultura, e realizam trabalhos para monitorar os vírus e seus vetores, pesquisam alternativas de controle e fazem análises para a determinar sua presença nas plantas cultivadas. Todo esse trabalho tem o objetivo de evitar epidemias de novos vírus e/ou vírus emergentes. Como resultado, os produtores conseguem colher e comercializar sua produção, garantindo alimento para a população. Graças ao IB, a sanidade agrícola está em boas mãos!

Leite A2: ampliando o acesso

O Instituto de Zootecnia (IZ) foi pioneiro no desenvolvimento de metodologia para detecção e quantificação dos alelos A1 e A2 da betacaseína em leites e seus derivados, possibilitando a certificação do leite A2 e também a seleção de rebanhos que produzem este tipo de leite. A metodologia alavancou a produção e comércio de leite A2 no Brasil. De acordo com Aníbal Vercesi, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Genética e Biotecnologia do IZ, onde foi desenvolvida a metodologia, o leite A2 é mais digestível para pessoas que têm algum grau de intolerância à beta casomorfina 7 (BCM-7), que é um produto da digestão da beta caseína A1. “Cerca 20 a 30% das pessoas apresentam algum tipo de desconforto com o processo de digestão da proteína A1 presente no leite, como estufamento e desconforto estomacal”, relata. Isto não acontece quando estas pessoas consomem o leite A2. O leite é uma importante fonte de nutrientes como lipídeos, carboidratos, proteínas de alta qualidade, sais minerais e vitaminas, e é uma boa opção para todas as fases da vida. Porém há muitos relatos de pessoas que não consomem leite por ter alguma dificuldade na sua digestão. A produção e certificação do leite A2 é fundamental para essa parcela da população.

Fomento à pesca e aquicultura e ao consumo de pescado

Com mais de 55 anos de existência, o Instituto de Pesca (IP) realiza pesquisas científicas e tecnológicas que visam aumentar a produtividade e a exploração sustentável dos recursos aquáticos. De maneira específica, a instituição desenvolve estudos sobre pesca, aquicultura e recursos hídricos pesqueiros, e, em sentido amplo, atende às demandas do setor, seja ele o mercado ou o consumidor final. Na visão da instituição, uma das grandes contribuições dos servidores junto à sociedade são os trabalhos que incentivam o consumo de pescado em SP e no país, como, por exemplo, o evento Tem Peixe na Vila e o Projeto Pescado para Saúde, que fomentam o aumento do consumo de pescado junto ao consumidor. Assim, os servidores do Instituto desenvolvem seus trabalhos sempre pensando em soluções que foquem na melhoria da produção e da segurança alimentar, no respeito ao meio ambiente e à sustentabilidade, e em soluções voltadas para toda a cadeia de valor e a sociedade.

Políticas Públicas

Para o diretor geral da Apta Regional, Daniel Gomes, os servidores públicos são elos fundamentais e indispensáveis no gerenciamento, condução e análises técnico científicas das pesquisas agrícolas do Estado de São Paulo. Possuem atuações de alto nível técnico e especificidade de produtos, processos tecnológicos e enquadramento social, atendendo demandas bem específicas e pouco contempladas em outros setores. “Os servidores da Apta Regional (com 18 Unidades de Pesquisa e Desenvolvimento) levam consigo mais uma especial missão, em atender e desenvolver ciência e tecnologias nos mais distantes rincões do Estado, promovendo novas cadeias produtivas, fortalecendo agricultura local e mercado”, destaca. Daniel exemplifica com uma das áreas, de grande destaque, sobre pesquisas de produção agroecológica, fomentada na Apta Regional pela Rede de Agroecologia Regional (RAR) e pelo projeto de Políticas Públicas para uso de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos (PMA) na rede pública e privada de saúde. “Para SP o projeto de pesquisa de alcance em âmbito federal é de alta relevância, pois favorece o futuro acesso aos medicamentos fitoterápicos no SUS”, complementa.

Endereço para as famílias do campo

O Instituto de Economia Agrícola (IEA) coordena a execução do Programa Rotas Rurais, uma iniciativa pioneira na América Latina que tem o objetivo de levar endereço para as propriedades rurais de SP. Conferindo o Endereço Rural Digital a todos os estabelecimentos rurais do Estado, o Programa permite que as famílias do campo passem a ter acesso a serviços públicos básicos, como ambulâncias, atendimento policial e do corpo de bombeiros, serviço postal e entrega de mercadorias. Um Projeto de pesquisa inédito que se transformou em uma política pública de grande relevância.

Rotulagem e normas para o setor de alimentos

O Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) é referência na realização de análises que embasam as declarações obrigatórias da rotulagem de alimentos, elaboração de modelo de tabela nutricional e orientação quanto ao tamanho de porções e respectivos valores diários, além de discutir sobre resultados obtidos e assessorar para o atendimento às normas vigentes. Esse trabalho é conduzido por corpo técnico de servidores públicos experiente e atualizado, composto por mestres e doutores que adotam métodos adequados e padronizados dentro de sistema de gestão da qualidade certificado na norma ISO 9001:2015.

Novas cultivares, mais opção para o consumidor

O trabalho diário dos profissionais do Instituto Agronômico (IAC) fortalece o setor agronômico, desenvolvendo soluções sustentáveis e inovadoras para os desafios do campo e ajudando a transformar o Brasil em líder mundial na produção agrícola. Dentre tantos servidores que se empenham ao longo dos 137 anos do IAC, cabe destacar o pesquisador Alisson Fernando Chiorato. Chiorato ingressou no IAC em janeiro de 1997 como estagiário e em 2005 se tornou pesquisador. Em abril de 2013 foi nomeado como Diretor Técnico de Divisão do Centro de Pesquisa de Grãos e Fibras do Instituto. Durante esses anos, desenvolveu, até o momento, 23 cultivares de feijão comum, duas cultivares de crotalária, duas cultivares de feijão mungo, duas cultivares de feijão arroz e uma cultivar de arroz preto.

Defesa Agropecuária: fiscalização e vigilância em prol da população

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e seu quadro de servidores está presente no dia a dia da população paulista de forma ativa e participativa atuando junto ao setor produtivo chegando até o consumidor final.

A partir de ações de fiscalização e de vigilância que acontecem desde o pomar de laranja que precisa de sanidade para produzir frutos saudáveis até a inspeção de alimentos que garante a inocuidade e a segurança dos produtos de origem animal consumidos pelos paulistas, a Defesa Agropecuária garante a sanidade e a qualidade nas cadeias aumentando sua produtividade impactando a competitividade dos produtos e consequentemente a vida dos produtores. Suas ações contribuem para a proteção do meio ambiente, da saúde pública e do desenvolvimento social e econômico do Estado, o que interfere, direta e diariamente, na vida da população.

CATI: serviço público que transforma vidas no campo e na cidade

A frase pode parecer clichê, mas os resultados são bem concretos: se o produtor não planta, a população não se alimenta! Não se alimenta de comida com valor nutricional, em quantidade e qualidade para o desenvolvimento saudável e a segurança alimentar. E se o produtor não planta − com adoção de tecnologia, Boas Práticas Agropecuárias, práticas integradas de conservação do solo e da água e regularização ambiental, respeito à biodiversidade, renda e qualidade de vida para sua família e trabalhadores rurais −, não existe agro sustentável.

Em um momento em que o mundo se assusta e sofre as consequências das mudanças climáticas e o impacto na produção de alimentos e geração de energia etc., para melhor servir o seu público prioritário, os produtores rurais, e toda a sociedade, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) aprimora sua missão e estreita laços com entidades públicas e privadas para responder com a sua rede de extensionistas (servidores públicos técnicos e administrativos) dedicados ao desenvolvimento sustentável, difundindo conhecimento, tecnologia, inovação e ações que garantam sanidade vegetal e animal; adaptando pesquisas e as consolidando na prática, aliando-as à tradição dos produtores rurais e transformando-as em produtividade e competitividade nas mais diversas cadeias produtivas; fortalecendo a organização rural em associações e cooperativas, com aumento de produtividade, gestão, agregação de valor, inserção no mercado, geração de renda e emprego.

Para tanto, executa políticas públicas que geram acesso a crédito rural e linhas de financiamento emergenciais; segurança alimentar; inclusão social e melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); competitividade do agronegócio familiar; fixação no campo com transformação e qualidade de vida de milhares de famílias. Também produz e comercializa sementes e mudas com tecnologia, garantia de qualidade e preços acessíveis a milhares de pequenos produtores, para atividade econômica e reflorestamento florestal.

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  • Data: 29/10/2024 01:10
  • Alterado:29/10/2024 13:10
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