Respeito e limites: a base para uma educação positiva e consciente
Encontrar o equilíbrio entre carinho e regras é fundamental para criar filhos de forma positiva, garantindo que aprendam a respeitar e a assumir responsabilidades
- Data: 15/10/2024 12:10
- Alterado: 15/10/2024 12:10
- Autor: Redação
- Fonte: Andreia Rossi
Crédito:Marcello casal Jr./Agência Brasil
Educar uma criança é uma tarefa desafiadora que exige amor, atenção e a educação dos próprios pais. Como declarou o ator Alexandre Nero, em 2020, durante uma entrevista para um portal de notícias, “Educar é um dos maiores desafios que a paternidade traz: a gente precisa entender o que a criança está querendo dizer e buscar estabelecer uma comunicação com ela. É nos educarmos para educar”.
Dentre as muitas abordagens que hoje os pais podem estudar e aplicar, existe a educação positiva que, atualmente, tem sido motivo de discussões na mídia e nas redes sociais.
Para a educadora parental Andreia Rossi, a educação positiva continua sendo uma ferramenta valiosa para a criação de crianças e adolescentes, desde que os princípios de respeito e responsabilidade sejam seguidos de forma equilibrada. “A educação positiva é muito mais do que evitar agressões físicas e verbais,” afirma Andreia Rossi. “Ela envolve ensinar nossos filhos com base no respeito mútuo, mas isso não significa abrir mão de limites e responsabilidades. O papel dos pais é essencial para garantir que as crianças cresçam com orientação e estrutura.”
Andreia destaca que um dos erros comuns é interpretar a educação positiva como permissividade, o que pode levar à falta de orientação e limites. “Os pais que se dedicam a esse modelo devem entender que estabelecer limites claros é uma forma de respeito. Educar positivamente não significa ausência de regras, mas sim ensinar com empatia e firmeza”, explica.
Para a especialista, a chave para o sucesso na educação positiva está no equilíbrio. “Os pais precisam estar atentos à importância de combinar afeto e orientação. Isso envolve tanto escutar os filhos e respeitar suas emoções, quanto guiá-los com clareza e segurança para que se tornem adultos responsáveis e conscientes”, comenta Andreia.
Ela reforça que a prática da educação positiva exige tempo, paciência e consistência. “Não é um caminho fácil, mas é eficaz quando aplicada corretamente. A base é o respeito, que começa no exemplo que os pais dão em seu próprio comportamento. Quando há firmeza e carinho, os filhos crescem seguros e preparados para enfrentar os desafios da vida”, finaliza a educadora.
Andreia também ressalta que os frutos da educação positiva não são imediatos. “Muitas vezes, os resultados não são colhidos agora na relação com nossos filhos, pois eles ainda precisam de muita orientação e educação emocional. A educação positiva passa por esse processo, e os frutos verdadeiros serão colhidos no futuro, quando eles se tornarem adultos responsáveis, humanizados e empáticos, perpetuando esses valores por gerações.” Ela faz uma analogia ao antigo ditado: “Quem planta a tâmara não come a tâmara”. “É preciso paciência e acreditar no processo. Os adultos, mais do que as crianças, buscam soluções imediatas, e é aí que surgem muitas distorções“, conclui.