Empreendedorismo feminino é tema de mais uma edição do “Me Conta, Brasil”

Videocast da Secom aborda histórias de iniciativa e sucesso no setor e ações criadas pelo Governo Federal para estimular a criação de negócios por mulheres

  • Data: 16/08/2024 08:08
  • Alterado: 16/08/2024 08:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo Federal
Empreendedorismo feminino é tema de mais uma edição do “Me Conta, Brasil”

Crédito:Divulgação

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As mulheres podem, devem e conseguem empreender. E não estão sozinhas. Há várias redes de apoio tanto no Governo Federal quanto na sociedade para ajudá-las a tirar o sonho do papel e transformá-lo em realidade. Essa é a mensagem do 21º episódio do videocast “Me Conta Brasil”, já disponível nas redes sociais e no canal da Secom no YouTube.

Os convidados do episódio são Raquel de Oliveira Alves, coordenadora de Políticas de Empreendedorismo do Ministério do Empreendedorismo, e Geórgia Nunes, gerente de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae Nacional. Juntas, elas explicaram as iniciativas do Governo Federal e orientaram as mulheres sobre o que devem fazer para começar essa caminhada.

“O Ministério do Empreendedorismo é relativamente novo e foi criado pelo Governo Federal para a gente ter um olhar especial para empreendedores e, agora, principalmente, para empreendedoras”, disse Raquel Alves. Geórgia afirmou que o Sebrae criou a gerência para fomentar e desenvolver o empreendedorismo feminino diverso e inclusivo. “Além das mulheres, a gente trabalha com um público invisibilizado e minorizado, que são pessoas negras, quilombolas, indígenas, LGBTQIA+ , PCD e 60+. São pessoas que empreendem e precisam ser vistas”, explicou.

Levando em conta que mais de dez milhões de mulheres são empreendedoras no Brasil, surgiu o programa Elas Empreendem, lançado pelo Ministério do Empreendedorismo. O programa, lançado em 13 de agosto, dá às mulheres apoio, crédito, acesso à tecnologia e inclusão no mercado que ainda é dominado pelos homens. Atualmente, 70% dos empreendedores brasileiros são do sexo masculino.

“Além de gênero, ela é uma política pública de desenvolvimento econômico e social do Brasil: 49% das mulheres empreendedoras são chefes de família. Olhar para elas é mudar a realidade dessas mulheres, das famílias, da comunidade e do Brasil”, explicou Raquel à apresentadora do videocast “Me Conta Brasil”, Keila Santana.

O Elas Empreendem é coordenado pelo Ministério do Empreendedorismo, mas conta com a participação de outras pastas, bancos públicos e do Sebrae. Trata-se de uma política pública em que a mulher é colocada no centro, com vários órgãos olhando suas necessidades e os desafios e oportunidades. Dentro da política há vários grupos de trabalho, por exemplo, de acesso a mercado, educação empreendedora, acesso a crédito, educação financeira e acesso à tecnologia. “A gente sabe o quanto as mulheres empreendem pelo telefone celular”, contou Raquel Alves.

SEBRAE DELAS – O Sebrae, por sua vez, tem o “Sebrae Delas”, que existe desde 2019 e que incentiva, valoriza e acelera a jornada de mulheres que empreendem ou que querem entrar para esse universo. O nome Delas é a siglas das iniciais das palavras “Desenvolver”, “Empreendedoras”, “Líderes”, “Apaixonadas” pelo “Sucesso”. O projeto foi desenvolvido para fomentar o empreendedorismo feminino.

“A gente percebe que as mulheres priorizam o empreendedorismo por conta da flexibilidade de horário. Elas precisam ter seus horários e uma renda extra, mas não querem abandonar seus filhos. Muitas mães empreendem por necessidade. Assim, foi lançado esse novo olhar para essas mulheres que querem continuar desenvolvendo o seu empreendimento, a sua microempresa, o seu pequeno negócio”, ressaltou Geórgia Nunes.

A iniciativa supre a lacuna da dificuldade para conseguir crédito no Brasil. Apenas 6% das empreendedoras, de acordo com o Sebrae, contaram com a ajuda de bancos para abrir o seu negócio e, a maioria, quase 80%, teve que usar o próprio dinheiro para isso. A situação se complica quando a mulher é de baixa renda. No Elas Empreendem, as mulheres que mais precisam têm prioridade. Principalmente as mulheres do CADÚnico, em situação de vulnerabilidade.

“A gente sabe que essas mulheres são empreendedoras natas, criativas, inovadoras e estão complementando a renda. O potencial é gigantesco. Muitas estão na informalidade e o primeiro ponto que a gente tem que olhar é como trazer para a formalidade. A gente só consegue acesso a crédito a partir do momento em que está formalizado. É importante ter cuidado porque não queremos um crédito que seja para ela ficar endividada. Tem que ser um crédito responsável e com educação empreendedora e de finanças”, ensinou Raquel Alves, coordenadora de Políticas de Empreendedorismo do Ministério do Empreendedorismo, no videocast “Me Conta Brasil”.

PROCRED – O governo também lançou o Procred, com taxas diferenciadas de acesso a crédito e um olhar especial para as mulheres. “Eu não sei se vocês sabem, mas as mulheres são excelentes pagadoras. São cautelosas quando vão ao banco e pensam várias vezes antes de pegar um crédito. E apesar de as pesquisas apontarem que são melhores pagadoras, os créditos dados a elas são menores e elas pagam juros maiores do que os homens”, informou Geórgia Nunes.

Pelo Procred, as mulheres podem pegar crédito de até 50% do faturamento do ano anterior da empresa. Já as outras empresas que não são lideradas por mulheres podem pegar crédito até 30% desse faturamento. “As mulheres não acessam o crédito, elas procuram fazer poupanças e usar recursos que vão guardando para investir. Por isso, é importante a gente trazer novas linhas de crédito e investimentos. O Sebrae é parceiro de muitas instituições bancárias para a garantia de créditos para os empreendedores”, explicou Geórgia.

TREINAMENTO – Ao mesmo tempo, pensando na mulher que quer sempre aprender, o Ministério do Empreendedorismo fez uma parceria com o Instituto Rede Mulher Empreendedora para oferecer treinamento de graça a mais de 17 mil mulheres, com foco nas regiões Norte e Nordeste. O projeto trabalha as habilidades socioemocionais e ensina técnicas de negociação, precificação, marketing e venda online. Tudo para a mulher começar a vender o seu produto

“Estamos lançando um estudo com o Pnud, que traz um comparativo internacional com casos de sucesso de redes de apoio, que pode ser creche ou um grupo de mulheres que se juntam para cuidar dos filhos umas das outras. Temos um grupo de trabalho que vai trazer propostas de formatos diferenciados para apoiar a mulher que quer empreender, estudar e ter acesso a crédito para que elas tenham onde deixar os filhos. As mulheres têm jornada tripla e dedicam 17% menos horas no seu próprio negócio do que os homens”, ressaltou Geórgia Nunes, gerente de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão, do Sebrae Nacional.

HISTÓRIAS – Um bom exemplo de conquista divulgado pelo videocast da Secom foi o de Sara Pimenta, 42 anos, moradora do de Vila Velha (ES). Há seis anos, ela iniciou um projeto de fotografia voltado para mulheres gestantes, com foco na autoestima e desenvolvimento pessoal. “Elas passaram a visualizar um futuro diferente e a descobrir o verdadeiro propósito. Hoje, a rede conta com 70 mulheres que participam de exposições de mentoria de desenvolvimento e palestras sobre gestão do próprio negócio. Além disso, nós nos acolhemos como mulheres”, contou Sara. Outra história abordada foi a de Ana Santos, 55 anos, moradora do Rio de Janeiro e que se transformou em empreendedora social com o projeto Visão do Bem, que gera impacto social nas comunidades ao levar acesso a consultas e exame de vista e óculos de qualidade para moradores da periferia. Ao mesmo tempo, incentiva a criação de pequenas franquias do negócio, com a venda de óculos.

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  • Data: 16/08/2024 08:08
  • Alterado:16/08/2024 08:08
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  • Fonte: Governo Federal









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