Hepatite – 95% dos infectados não sabem da doença
Organização Mundial de Saúde e Fundo Mundial para a Hepatite apelam para governos fazerem campanhas
- Data: 29/07/2013 10:07
- Alterado: 29/07/2013 10:07
- Autor: Redação
- Fonte: Visual Press
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Em observação à data oficial de 28 de Julho, para o dia mundial da Hepatite, diversos setores ligados à defesa da saúde estão encaminhando apelos aos líderes mundiais para que sejam feitas ações de prevenção, diagnóstico e tratamento para as Hepatites B e C.
A Organização Mundial de Saúde, afirmou, através da Dra. Sylvie Briand, diretora do setor de pandemias, que muita coisa ainda precisa ser feita, em termos de política de saúde, a fim de salvar as pessoas que sofrem das formas de Hepatite (principalmente a B e a C) e que isto reduziria também, drasticamente o custo que os governos tem com hospitalização, tratamento em fase tardia da doença e transplante de fígado.
As Hepatites B e C são responsáveis por 80% dos casos de câncer de fígado e cirrose hepática no mundo.
Ambas as doenças são sorrateiras e correm assintomáticas por décadas no indivíduo. Quando ele percebe a infecção, geralmente é tarde demais e o fígado já está consumido pelo vírus. O recurso, nessa fase é o transplante de fígado, que embora com boas chances de sucesso é um processo extremamente delicado e com risco de vida. Além disso, muitos pacientes não conseguem esperar por um transplante, indo a óbito antes aparecer um órgão doado.
O presidente do Fundo Mundial para a Hepatite (World Hepatitis Fund), entidade mundial com sede em Nova York, o brasileiro Humberto Silva, comentou sobre o cenário da doença, no mundo: “É uma verdadeira catástrofe. Hoje existem meio bilhão de pessoas no planeta que carregam os vírus. Mas, apenas cerca de 5% delas sabem que estão contaminadas. Há países como o Egito, onde a prevalência da Hepatite C é de 12% oficiais, mas, extraoficialmente, esse número pode ultrapassar os 22% de toda a população. Isto se deve a uma campanha malsucedida de vacinação contra a Esquistossomose, onde usou-se seringas de vidro e mal esterilizadas. Resultado? Ao invés de prevenir uma epidemia, espalhou-se outra, muito maior. O mundo tem que voltar sua atenção para as Hepatites, e encará-la como uma doença para ser descoberta pelos governos, pois o portador, sozinho nunca conseguirá descobrir” – concluiu Humberto.
Os vírus das Hepatites B e C (os mais graves) ficam décadas no organismo, sem sintomas. E, de acordo com o CDC (Center for Diseases Control and Prevention) do ministério da saúde dos E.U.A. todos as pessoas nascidas entre 1945 e 1965 tem que fazer o teste da Hepatite C pelo menos uma vez na vida, pois tem 5 vezes mais chances de estarem contaminadas, sem saber. No Brasil, o número de contaminados pode ser de 5 milhões de pessoas.