Paciente morre após ser espancado em clínica de reabilitação em SP

Um paciente de 56 anos morreu na segunda-feira (8) após ser espancado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos no município de Cotia, na Grande São Paulo. Principal suspeito do crime é um funcionário da Comunidade Terapêutica Efatá, onde vítima estava internada. Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos, foi preso em flagrante pelo […]

  • Data: 09/07/2024 16:07
  • Alterado: 09/07/2024 16:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: Eduarda Esteves e Josmar Jozino/UOL/Folhapress
Paciente morre após ser espancado em clínica de reabilitação em SP

Crédito:Divulgação/Freepik

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Um paciente de 56 anos morreu na segunda-feira (8) após ser espancado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos no município de Cotia, na Grande São Paulo.

Principal suspeito do crime é um funcionário da Comunidade Terapêutica Efatá, onde vítima estava internada. Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos, foi preso em flagrante pelo crime de tortura. “O Matheus trabalhava como terapeuta, mas não tinha habilitação nenhuma para exercer a função”, afirmou o delegado Adair Marques Correa Junior, da Delegacia Central de Cotia.

O UOL tenta contato com a advogada Terezinha Azevedo, que representa os responsáveis pela clínica, e com a defesa do suspeito preso.

Paciente chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. A vítima, identificada como Jarmo Celestino De Santana, aparece em fotos obtidas pelo UOL com vários hematomas no corpo. Um vídeo também mostra o homem com as mãos amarradas para trás, preso a uma cadeira em uma clínica.

Vítima foi levada por funcionários da clínica ao Pronto-Socorro de Vargem Grande Paulista. No local, a equipe médica declarou o óbito e acionou a polícia. “Eles levaram o rapaz ao pronto-socorro porque, segundo eles, o paciente passou mal durante a manhã. Encontraram ele desacordado no quarto e socorreram ele”, explica o delegado.

A Guarda Civil Municipal foi acionada para atender a ocorrência. Segundo informações do boletim de ocorrência, os dois funcionários da comunidade terapêutica que levaram a vítima ao pronto-socorro prestaram depoimento na Delegacia Central de Cotia e contaram que Jarmo teria sido agredido dentro da clínica.

Polícia teve acesso a um áudio em que Matheus teria dito que havia agredido o paciente. O suspeito disse ainda que teria batido tanto nele que machucou a própria mão. A reportagem ouviu o áudio atribuído pela polícia a Matheus: “Cobri no cacete, chegou aqui na unidade, pagar de brabo… cobri no pau. Tô com a mão toda inchada”.

Em depoimento, o suspeito teria confessado, segundo a polícia, que agrediu o paciente, mas disse que foi para contê-lo. “As agressões foram praticadas pelo Matheus, com possível participação de outras pessoas. O Matheus confessou que agrediu o dependente, mas afirmou que foi para contê-lo porque ele estava exaltado e agressivo”, diz o delegado à frente da investigação.

A Polícia Civil de São Paulo vai investigar se outros funcionários participaram das agressões. Eles serão ouvidos. Os 28 pacientes do local também vão prestar depoimento.

A família da vítima já foi ouvida. O delegado acredita que a clínica será fechada.

Polícia solicitou o exame necroscópico e toxicológico da vítima. O celular Matheus de Camargo foi apreendido. Terezinha de Cássia de Souza e Cleber Fabiano da Silva aparecem no boletim de ocorrência como os responsáveis pela comunidade terapêutica.

CLÍNICA FOI INTERDITADA

Clínica não tinha autorização para funcionamento, diz Prefeitura de Cotia. Segundo a gestão municipal, uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no local nesta terça-feira (9) “e apurou que se trata de uma clínica particular clandestina”.

Local foi interditado e internos deverão ser retirados do estabelecimento. “O responsável notificado a fazer contato com os familiares dos internos para a imediata remoção de todos que permaneciam no espaço, remoção esta que será monitorada pela Prefeitura”, diz a nota enviada pela gestão municipal.

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  • Data: 09/07/2024 04:07
  • Alterado:09/07/2024 16:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: Eduarda Esteves e Josmar Jozino/UOL/Folhapress









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