Ministério da Saúde divulga orientações para o enfrentamento de doenças infecciosas decorrentes das inundações
Exposição às águas dos alagamentos pode acarretar em uma emergência de casos de hepatite A, leptospirose, dengue e doenças diarreicas agudas
- Data: 21/06/2024 15:06
- Alterado: 21/06/2024 15:06
- Autor: Redação
- Fonte: Ministério da Saúde
Rio Grande do Sul
Crédito:Governo do Estado do Rio Grande do Sul
O Ministério da Saúde publicou, nesta quinta-feira (20), uma série de orientações e diretrizes voltadas à conduta de cuidados relacionados às doenças infecciosas decorrentes do cenário de calamidade pública enfrentada pelo Rio Grande do Sul após as enchentes do mês de maio. As orientações valem para casos de hepatite A, leptospirose, dengue e doenças diarreicas agudas.
O diretor substituto do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), Artur Kalichman, observa que uma resposta organizada aos casos de suspeição, diagnóstico diferencial, manejo clínico e terapêutico dessas doenças é imprescindível frente à situação enfrentada pela saúde pública do estado.
“A exposição da população a patógenos transmitidos pela água – como no caso da hepatite A – acende o alerta para a possibilidade de uma emergência de doenças e infecções, o que afetaria fortemente o campo da saúde e a demanda da rede de atenção local”, explica Artur.
As orientações da pasta incluem procedimentos clínicos para pessoas com síndrome febril aguda, o que pode indicar a infecção por pelo vírus A (HAV) da hepatite. Também estão entre as orientações para abordagem a sinais de alerta, critérios para internação hospitalar, indicações de diálise em casos de insuficiência renal, indicações de internação em unidades de terapia intensiva, tratamento com antibióticos e fluxos de notificação de casos.
Nota Informativa
O documento foi construído pelas secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), de Atenção Primária à Saúde (Saps) e de Atenção Especializada à Saúde (Saes), de forma conjunta com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS) e os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e Estadual do Rio Grande do Sul. O documento contou ainda com colaborações de diversas sociedades de especialidades como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Sociedade de Medicina da Família, a Sociedade de Infectologia, Sociedade de Nefrologia e Sociedade de Terapia Intensiva.