Diadema recebe peça sobre ancestralidade e resiliência afrodescendente

Quem somos nós sem nossas raízes, nossos ancestrais e nosso passado? Essa é a reflexão que o diretor Eduardo Silva pretende deixar com a peça “Quilombo MemORÍa”, que terá duas apresentações em Diadema: dia 15 de maio, às 20 horas, no Teatro Clara Nunes e dia 16 de maio, no mesmo horário, no Centro Cultural Serraria.

O ingresso é gratuito e vai ser distribuído uma hora antes da sessão na bilheteria. As apresentações são uma realização do Governo do Estado de São Paulo, da Secretaria de Cultura e Economia e Indústrias Criativas, do Governo Federal, do Ministério da Cultura por meio da Lei Paulo Gustavo.

A peça conta a história do advogado João, que carrega as memórias de muitos momentos com sua avó, Dona Glória, portadora de Alzheimer e grupo de risco durante a pandemia do COVID-19. Querendo se conectar com suas tradições mais ancestrais, ele conduz um resgate de sua avó, para que essas histórias não se percam.

O espetáculo destaca essencialmente a questão da ancestralidade, a partir de um aspecto importante da cultura africana: a oralidade. Por milhares de anos, os povos do continente africano transmitem histórias, informações e lições por meio da fala.

O texto é escrito, dirigido e interpretado por atores, diretores e produtores negros, que se propuseram a criar uma narrativa diferente e fantástica, que se apoia nos fundamentos essenciais do movimento afro.

O show também é aberto às pessoas que portam deficiência visual ou auditiva. A cartilha do programa estará disponível em braile e haverá, também, interpretação em LIBRAS ao lado da encenação no palco.

Significado de Quilombo e Orí

“Quilombo”, originalmente, carrega o significado de esconderijo. No entanto, pode denotar agrupamento, aldeia, refúgio, recanto. Já “Ori” é um termo Yorubá (um dos idiomas falados na Nigéria e em alguns outros países da África Ocidental) que significa a mente, a cabeça, a inteligência, a alma e o destino.

Serviço

Quilombo MemÓRIa, de Eduardo Silva – 12 anos
Duração: 70 minutos
– Teatro Clara Nunes
15 de maio, quarta-feira, às 20h
Rua Graciosa, 300 – Centro, Diadema
– Centro Cultural Serraria
16 de maio, quinta-feira, às 20h
Rua Guarani, 790 – Vila Conceição, Diadema