Pela 1ª vez, Academia de Polícia dá título de especialistas a delegados e médicos-legistas
Antes, o curso de formação era técnico-profissional; agora, a nova turma de policiais e médicos será especialista em direitos humanos e medicina-legal
- Data: 09/05/2024 17:05
- Alterado: 09/05/2024 17:05
- Autor: Redação
- Fonte: SSP
Crédito:SSP
A Polícia Civil de São Paulo realizará na sexta-feira (10), a posse dos 4.017 policiais aprovados em concursos para a corporação. A cerimônia ocorrerá às 9h no Ginásio do Ibirapuera, na rua Abílio Soares, nº 1.300, bairro Paraíso, na zona sul de São Paulo.
Ao todo, foram 2.208 escrivães, 1.260 investigadores, 353 delegados e 196 médicos-legistas convocados para a posse. A nomeação foi publicada no último dia 3 no Diário Oficial do Estado, sendo considerada a maior da história da Polícia Civil.
A nova turma de delegados e médicos-legistas que começa já na segunda-feira (13) na Academia de Polícia Civil de São Paulo (Acadepol), terá, pela primeira vez desde a criação da unidade de ensino, o título de especialistas nas áreas de direitos humanos e medicina-legal. Antes, o curso de formação era técnico-profissional para as carreiras.
Essa especialização foi autorizada pelo Conselho Estadual de Educação no ano passado após uma reformulação na matriz curricular e nos planos de ensino. Os cursos que formam investigadores e escrivães seguem sendo técnico-profissionais.
“Os coordenadores das disciplinas ficaram oito meses estudando e elaborando um novo plano de ensino que fosse aprovado pelo Conselho de Educação. Essa é a primeira turma que vai receber a especialização nessas áreas”, explicou a diretora da Acadepol, Márcia Heloísa Ruiz.
Segundo o delegado divisionário da Secretaria de Cursos de Formação e professor de provas dependentes da memória, Anderson Giampoli, foram realizadas diversas reuniões regionais para mostrar a nova matriz curricular aos professores das Unidades de Ensino Policial do Interior — as quais os agentes que receberam a posse são divididos conforme suas escolhas.
As avaliações dos alunos também sofreram uma reestruturação. Antes, as provas eram feitas no final de cada disciplina, geralmente escrita, com algumas questões de múltipla escolha, bem como questões discursivas. Mas, com a alteração na forma de ensino, os professores da Acadepol passaram a avaliar até mesmo a participação do aluno desde o primeiro dia de aula.
“Pelo menos 20 pontos da nota são atribuídos à participação deles. Isso os estimula a participarem das aulas e dá a eles o protagonismo sobre o seu próprio conhecimento. Ao final, esse novo policial realizará a prova que vai compor a nota”, observou Giampoli.
Essas mudanças foram feitas não só com o objetivo de dar mais destaque a essas carreiras, mas também como forma de mostrar que a Academia está empenhada na formação de profissionais mais capacitados, que realmente vão fazer a diferença quando efetivamente estiverem trabalhando em delegacias ou unidades do Instituto Médico Legal (IML).
“Todo curso de formação sempre tem uma coisa a mais do que o outro porque surgem crimes, leis, doutrinas e ferramentas novas, então a gente tem a responsabilidade de passar para esse aluno exatamente a polícia que ele vai encontrar”, completou a diretora da Acadepol.