Termina quarentena do Caju, novo pinguim da Sabina
Ave foi encontrada em praia do Sergipe há cerca de um ano, onde foi cuidada por instituição especializada em reabilitação de animais
- Data: 07/06/2013 18:06
- Alterado: 07/06/2013 18:06
- Autor: Paola Zanei
- Fonte: Secom PSA
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O novo pinguim da Sabina Escola Parque do Conhecimento, o Caju, teve seu primeiro contato com os outros moradores do Pinguinário nesta quinta-feira (6), depois de cerca de um mês na quarentena, onde ficou separado dos outros animais enquanto os biólogos fizeram os exames necessários para confirmar as condições de saúde do animal. Ao ser colocado no espaço que reproduz a paisagem da Patagônia – local origem desta espécie – ficou assustado, mas logo recebeu apoio de uma nova amiga, chamada de Chiquinha pelos biólogos.
O medo é um sentimento natural neste momento, pois Caju ficou cerca de um ano tendo contato exclusivamente com pessoas. “Ele esqueceu que é um pinguim”, brincou o biólogo Marcus Corradini. A estimativa é que em dois dias o morador se adapte ao novo lar. A ave foi encontrada em uma praia de Aracaju e permaneceu cerca de um ano sob os cuidados da Fundação Animais Marinhos do Sergipe, voltada para a preservação ambiental. Foi o único sobrevivente dos sete animais que se desgarraram do grupo e acabaram chegando ao Brasil – muitos não sobrevivem porque chegam cansados e bastante debilitados por se alimentarem de forma errada.
O nome Caju foi dado durante o tempo que o animal ficou na Fundação, por conta da fruta muito comum na cidade onde foi encontrado. Mas agora, apesar de estar bem, não pode mais voltar ao seu habitat natural. “Não é preciso mais do que semanas para que um animal como este fique humanizado”, explicou Corradini, e aí não é mais possível devolvê-lo ao mar. Por isso, foi encaminhado para um local onde pudesse ficar definitivamente. Caju tem agora dois anos e pesa quase cinco quilos.
PINGUINS DE MAGALHÃES – Os Pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) são aves marinhas com o corpo adaptado para viverem na água. Não voam e têm suas asas modificadas em nadadeiras. São animais com aproximadamente 70 cm de altura e pesam cerca de 5 quilos. Esta espécie vive em uma zona de clima temperado, podendo sofrer variações na temperatura do ambiente de 7 a 35°C. Pode ser encontrada na Patagônia, Argentina e Chile, formando grandes colônias, chamadas de pinguineiras.
É uma espécie que possui dois períodos de vida distintos. Na época reprodutiva, nos meses de setembro a março, em que se formam casais monogâmicos, a fêmea coloca dois ovos em ninhos construídos em tocas ou aos pés das árvores. No período não reprodutivo, eles saem em busca de alimento se aventurando por distâncias mais longas, podendo chegar ao nosso litoral sudeste, buscando peixes, lulas e pequenos crustáceos.
Normalmente vivem em grupos de 20 ou mais. É nesta ocasião que eles são encontrados, muitas vezes fracos, debilitados e necessitando de cuidados. Esses animais são encaminhados a Centros de Reabilitação de Animais Marinhos e após estabilizados são levados para instituições que possam utilizá-los como forma de Educação Ambiental e pesquisa para melhor conhecimento da espécie como a Sabina Escola Parque do Conhecimento.
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