Bolsa abre em queda puxada por Vale e Petrobras; dólar avança
Veja as principais movimentações do mercado nesta segunda-feira (11)
- Data: 11/03/2024 12:03
- Alterado: 11/03/2024 12:03
- Autor: Redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Reprodução
A Bolsa brasileira abriu em queda nesta segunda-feira (11) pressionada pelas ações da Vale e da Petrobras, as duas empresas de maior peso do Ibovespa, que enfrentaram temores sobre interferências políticas em suas gestões na última semana.
Às 10h12, a mineradora caía 2,28%, enquanto a petroleira recuava 1,82%. Com isso, o Ibovespa registrava queda de 0,61%.
No exterior, os papéis da Vale negociados na Bolsa de Nova York recuavam 2,27% na pré-abertura das negociações.
A companhia anunciou na sexta (8), após o fechamento do mercado, que seu conselho de administração decidiu que o atual presidente Eduardo Bartolomeo não vai ser reconduzido ao cargo.
O mandato do executivo, no entanto, que seria encerrado em maio, foi prorrogado por seis meses, segundo a Folha de S.Paulo apurou.
A decisão encerra um período marcado por um racha no conselho, que divergiu por meses sobre a permanência ou troca de Bartolomeo. Ocorre também depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer fortes críticas públicas contra a Vale, que foram recebidas como ameaças contra a companhia.
Já a Petrobras, que perdeu R$ 55 bilhões em valor de mercado no último pregão, operava em queda de 1,70% nos Estados Unidos, em negociações de pré-abertura, e 1,86% na Alemanha.
As ações da petroleira foram pressionadas pela decisão do conselho de administração da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários relativos ao quarto trimestre de 2023. Após o anúncio, o papel foi rebaixado por bancos como Santander e Bank of America.
Com isso, as ações ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras caíram 10,57%, enquanto as ordinárias (com direito a voto) recuaram 10,44% na B3 na sexta.
A decisão de não pagar os dividendos extraordinários teria sido uma demanda sobretudo dos indicados pela gestão petista, segundo a agência de notícias Bloomberg.
Cinco membros do conselho nomeados pelo governo votaram contra os dividendos extras, com um sexto diretor que representa os trabalhadores, disseram pessoas que acompanham a empresa.
Segundo a agência de notícias Reuters, essa decisão partiu do próprio Lula, pois o governo quer que a empresa use para investimentos o dinheiro que seria destinado à remuneração extra aos acionistas. A notícia causou temor entre investidores sobre interferência política na gestão da petroleira.
No câmbio, o dólar avançava 0,22%, cotado a R$ 4,992.