Diadema faz formação contra o trabalho infantil
Voltada a profissionais da rede de atendimento a crianças e adolescentes, ação busca criar fluxo de atendimento e identificar e orientar famílias nesta situação
- Data: 28/02/2024 19:02
- Alterado: 28/02/2024 19:02
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Crédito:Pedro Roque/PMD
Na última terça-feira (27), a Comissão Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (COMPETI) de Diadema, ligada ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e à secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC), deu início a uma formação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que busca qualificar profissionais da rede de atendimento a crianças e adolescentes.
Pamila Braz Louzada, técnica de referência da SASC, explicou que esta atividade foi pensada junto ao grupo de ações estratégicas do COMPETI para reforçar o conceito de trabalho infantil. “Muitas vezes a gente vê uma criança trabalhando em casa ou pedindo dinheiro na rua e ficamos em dúvida se aquilo se configura ou não trabalho infantil. Por isso é importante sensibilizar toda a rede, principalmente os profissionais que eventualmente forem fazer uma abordagem ou receber essa criança em algum serviço, para que tenhamos um trabalho realmente integrado, com todos na mesma página.”
Segundo a coordenadora, foi percebida pela comissão a necessidade de se estabelecer um fluxo municipal para atender estas questões. “Para isso, é preciso que um entendimento seja construído em conjunto e seja único em toda a rede. E, a partir daí, definir protocolos e procedimentos. Quem deve ser acionado? Quais secretarias? Quem procura a família?”
Para a assistente social, após construir este fluxo com os profissionais, será o momento de mobilizar a população: “Hoje trabalhamos com o Cadastro Único, ou seja, a própria família é que declara se há crianças que trabalham ali naquele grupo familiar. E muitas não o fazem, com medo de punição. O que queremos é acompanhar e trabalhar essas famílias, não punir. É preciso entender a causa desse trabalho infantil e como o poder público pode ajudar a sensibilizar os responsáveis. A falta de notificação só faz aumentar a vulnerabilidade das crianças e queremos exatamente o contrário, uma população mais informada e menos casos de trabalho infantil no município.”
Nesta primeira etapa, 100 profissionais passarão pela formação, que vai até abril.