Coden de Nova Odessa assegura funcionamento totalmente adequado da ETE Quilombo
ETE Quilombo conta com todo o licenciamento ambiental e tem seu funcionamento acompanhado mensalmente pela Agência Ambiental Regional da Cetesb
- Data: 20/02/2024 16:02
- Alterado: 20/02/2024 16:02
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de Nova Odessa
Crédito:Prefeitura de Nova Odessa
Diretor-presidente da Coden Ambiental, o biólogo Elsio Boccaletto afirmou na tarde desta terça-feira (20/02), em entrevista coletiva à imprensa regional, que a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo de Nova Odessa segue funcionando normalmente, atendendo a todos os padrões ambientais e que não possui quaisquer “vazamentos” de esgoto in natura.
Empresa de economia mista cuja quase totalidade das ações pertencem ao próprio Município, a Coden Ambiental atua como concessionária dos serviços de Saneamento Básico de Nova Odessa, com índices ambientais excelentes e amplo reconhecimento pela excelência dos serviços prestados à comunidade ao longo de mais de quatro décadas.
Segundo Boccaletto, além de atender aos critérios ambientais vigentes, a ETE Quilombo conta com todo o licenciamento ambiental e tem seu funcionamento acompanhado mensalmente pela Agência Ambiental Regional da Cetesb, sem problemas recentes.
Na segunda-feira (19/02), uma denúncia de suposto “vazamento” e despejo de esgoto in natura no Ribeirão Quilombo levou a Polícia Civil à ETE Quilombo, às margens da Rodovia Astrônomo Jean Nicolini.
Peritos teriam constatado efluentes não tratados “escapando” de uma tubulação. Na ocasião, dois engenheiros da companhia foram levados à Central Judiciária de Americana, onde foram autuados pelo suposto crime ambiental e liberados após pagamento de fiança.
Segundo Boccaletto, no entanto, o que os policiais viram foi um sistema de proteção da própria ETE Quilombo em funcionamento, como previsto desde a fase de projeto e ao longo dos 12 anos de operação da Estação (inaugurada em dezembro de 2012 e que conta com tecnologia holandesa).
Trata-se de um “ladrão” – ou extravasor – instalado no final a rede coletora de esgoto, logo antes dos efluentes chegarem à ETE, que deixa “escapar” o excesso de volume de água em momentos de chuva forte, por exemplo. Caso entrasse em grande volume na ETE, essa água em excesso poderia causar danos aos equipamentos ou às bactérias que fazem a “limpeza” do esgoto. Parte do projeto original e construído junto ao restante da ETE, o sistema serve, por exemplo, para permitir a realização de manutenções programadas ou emergenciais na própria Estação.
Esse volume em excesso quando chove acontece porque muitas pessoas ligam suas calhas domésticas (que captam água das chuvas) direto na rede de esgoto da cidade – o que, ressalte-se, é proibido.
“Trata-se de lançamento clandestino de água de chuva na rede de esgoto, o que não é permitido por lei. Fizemos análises preliminares na mesma água que a Polícia Civil coletou e ficou demonstrado que se trata basicamente de água de enxurrada”, ressaltou o biólogo.
A companhia não descarta a hipótese de que o extravasor tenha sido eventualmente acionado por outra razão, sem o conhecimento da Coden. Por isso, para evitar novos maus entendidos como este, a Coden decidiu inutilizar temporariamente o extravasor (nome técnico do “ladrão”).
“A Cetesb esteve na ETE Quilombo nesta terça-feira e atestou que a mesma está operando normalmente, que o efluente está dentro dos padrões e que não há efluente ‘vazando’”, acrescentou.
O diretor-presidente fez questão de deixar claro, no entanto, que o procedimento da Polícia Civil, diante das denúncias, foi totalmente correto.
Por fim, segundo Boccaletto, a Coden Ambiental espera agora que o inquérito sobre o caso seja instaurado no âmbito da Polícia Civil para poder prestar todas as informações técnicas, explicar o funcionamento e a importância do sistema de “ladrão”, demonstrar que a ETE Quilombo continua operando normalmente, atingindo os índices de tratamento preconizados e, principalmente, que Nova Odessa “mantém seu compromisso histórico de não contribuir para a poluição do Ribeirão Quilombo”, que ainda é considerado um rio “morto”.