10 comportamentos que podem causar acidentes no Carnaval
Mais de 90% dos casos de trauma podem ser evitados; atitudes simples e responsabilidade são muito importantes para prevenir acidentes
- Data: 04/02/2024 12:02
- Alterado: 04/02/2024 12:02
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Carnaval
Crédito:Edson Lopes Jr/Prefeitura de São Paulo
O Carnaval é uma época de alegria e descontração, mas é importante lembrar que alguns comportamentos podem transformar a folia em tragédia. Muitas vezes, empolgados com as comemorações, os foliões não percebem que suas atitudes podem resultar em traumas graves, colocando a própria vida e a de outras pessoas em risco. É importante ter em mente que, segundo entidades de saúde ligadas ao trauma, mais de 90% dessas ocorrências poderiam ser evitadas com medidas simples.
Confira 10 situações que devem ser evitadas:
Infringir as Leis de Trânsito: ultrapassagens arriscadas e desrespeito às normas de trânsito aumentam o risco de acidentes graves. “O trânsito caótico do Carnaval exige atenção redobrada. O respeito às leis pode salvar vidas”, destaca o cirurgião de trauma Prof. Dr. Bruno Pereira, CEO do Grupo Surgical Serviços Médicos e coordenador do Centro de Trauma do Hospital São Luiz Campinas.
Beber antes de dirigir: a combinação de álcool e direção é muito perigosa. “A embriaguez ao volante é uma das principais causas de acidentes no Carnaval, já que ela diminui os reflexos do condutor, mesmo quando ele tem a sensação de que bebeu pouco. Utilize alternativas seguras, como táxis, aplicativos de transporte ou o motorista da rodada”, recomenda o cirurgião.
Dormir pouco e dirigir: a falta de sono também compromete os reflexos. “A exaustão aumenta o risco de acidentes. Descansar antes de assumir o volante é crucial. No carnaval, é muito comum as pessoas ficarem acordadas de madrugada e terem sua rotina de sono totalmente alterada. Nessas situações, novamente, o correto é optar por uma carona ou serviço de transporte por aplicativo”, orienta o médico.
Desatenção em locais com água: o descuido em ambientes aquáticos pode resultar em tragédias, principalmente quando há consumo de bebida alcoólica. “É fundamental respeitar as sinalizações e supervisionar crianças, que devem estar à distância de um toque do adulto, e não apenas em sua área de visão. Além disso, é importante que um adulto fique responsável pela criança e, obviamente, que ele não consuma bebida alcoólica. Quando há várias pessoas responsáveis, uma acha que a outra está cuidando e a criança acaba ficando sem supervisão. No caso dos adultos, é fundamental obedecer aos alertas sobre locais perigosos em praias, estar atento às orientações dos salva-vidas e não entrar na água se ingeriu bebida alcoólica. O afogamento é uma ocorrência comum e grave, mas evitável”, enfatiza o especialista.
Sair com pessoas desconhecidas: “A festa é um momento de descontração, mas a segurança deve ser prioridade. Evite sair sozinho com desconhecidos para prevenir situações de risco. Pessoas violentas não carregam uma placa om esse alerta. Aqui, vale outra dica: não se envolva em brigas. Nunca sabemos com quem estamos lidando, se a pessoa está armada ou não”, orienta Pereira.
Ficar bêbado: o consumo excessivo de álcool aumenta a vulnerabilidade a acidentes. “A embriaguez compromete os reflexos, a tomada de decisões e pode resultar em lesões graves, tanto no trânsito quando em outras situações, como na rua, na praia, etc.”, adverte o cirurgião. “Fora isso, a pessoa pode passar mal com excesso de bebida, com a ressaca… e perder a festa toda”, lembra.
Andar em lugares muito aglomerados: grandes multidões podem se tornar perigosas. “Empurrões, quedas e situações de pânico são comuns em aglomerações. Aglomerações são muito comuns nos bloquinhos de rua. Não estou falando para a pessoa não participar, mas é importante estar atenta. Atenta também ao calor, que costuma se intensificar com lugares cheios, e podem causar sérios problemas, inclusive desmaios”, destaca o cirurgião.
Não se hidratar: a desidratação pode causar complicações de saúde, como sede, dores de cabeça, fraqueza, tonteiras, fadiga, sonolência ou até aceleração dos batimentos cardíacos em casos mais graves. “Mantenha-se hidratado, principalmente em ambientes de calor intenso. A água é essencial para prevenir problemas sérios”, ressalta o especialista.
Não se alimentar direito: “A falta de alimentação adequada compromete a energia necessária para enfrentar as festividades. Uma dieta equilibrada é vital para a saúde durante o Carnaval. Dê preferência a alimentos saudáveis e leves. Evite alimentos que não sejam de procedência confiável, já que eles podem causar intoxicação e outros problemas gástricos”, recomenda.
Aceitar bebidas de estranhos e praticar sexo sem preservativo: “Essas práticas podem expor os foliões a riscos de intoxicação e doenças sexualmente transmissíveis. A prevenção é a melhor forma de evitar consequências graves”, diz o cirurgião.
“O que percebemos, no dia a dia dos hospitais, é que as pessoas nunca acham que situações graves vão acontecer com elas. Por isso, é importante ter responsabilidade. O Carnaval é uma época festiva, em que as pessoas estão alegres, mas que, muitas vezes, os limites não são respeitados”, pondera Pereira. “Eu elenquei dez de diversas situações para que as pessoas possam pensar nelas com antecedência e saber que suas decisões fazem total diferença na prevenção de acidentes”, finaliza.