Férias: confira 6 dicas para manter uma relação sadia das crianças com as telas

Longe da rotina escolar é importante manter regras, horários, propor atividades ao ar livre e jogos em família, tudo de forma condizente com a faixa etária

  • Data: 26/01/2024 14:01
  • Alterado: 26/01/2024 14:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Escola Vereda
Férias: confira 6 dicas para manter uma relação sadia das crianças com as telas

Crianças focadas em telas

Crédito:Divulgação/Curta!On

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 A concorrência pela atenção de adultos e crianças é cada vez mais acirrada. Televisão, computador, tablets e celulares estão presentes no cotidiano o tempo todo. Para trabalhar, estudar e até mesmo no tempo de lazer, as redes sociais e os vídeos em autoplay podem nos manter entretidos por horas sem notar o tempo passando. Mas isso é saudável?

“Sou radicalmente contra o uso de qualquer tela até os três anos de idade, porque existem diversas pesquisas que comprovam danos severos da exposição de crianças nessa faixa etária. Posto isso, o tempo passa, essas crianças crescem e é impossível e até insensato separar os nativos digitais da tecnologia, afinal de contas eles vão ter que lidar com isso na vida adulta. Portanto, o mais inteligente é estabelecer o uso dessas plataformas como recursos no desenvolvimento, sempre de maneira condizente com a faixa etária”, explica Arthur Buzatto, presidente e mantenedor da Escola Vereda.

Segundo a última pesquisa TIC Kids Online Brasil, de 2022, 86% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos já têm algum perfil em redes sociais. Pesquisadores da Universidade de Vermont, que analisaram os dados do Estudo de Desenvolvimento Cognitivo do Cérebro Adolescente (ABCD) em artigo divulgado em 2022 pela revista científica Jama Network Open, reforçam o potencial educativo. O trabalho, realizado com indivíduos entre 9 e 10 anos de idade, apontou que o grupo que jogava videogame durante três ou mais horas por dia apresentava mais rapidez e precisão em tarefas cognitivas e maior atividade cerebral em regiões associadas à atenção e memória em relação às que nunca jogaram.

No entanto, a idade deve ser observada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças de até cinco anos de idade não devem passar mais de 60 minutos por dia em atividades passivas diante de uma tela de smartphone, computador ou TV. Já para bebês com menos de 12 meses de vida, a recomendação é que não devem passar nem um minuto sequer na frente de dispositivos eletrônicos.

“Quando um adulto direciona, as crianças fazem um uso mais saudável do celular. Estamos mais preparados agora para ensinar sobre saúde mental, vício, fake news e outros temas. As telas podem preencher um espaço sadio na rotina, desde que seja de maneira inteligente.” Mas, na falta da rotina escolar, que organiza também o horário de sono, as refeições, aulas e atividades físicas, como manter uma relação equilibrada com os dispositivos? Confira abaixo 5 dicas de Arthur Buzatto para lidar com a questão durante as férias.

1) Mantenha a proximidade

Construir e manter um bom relacionamento com os filhos é fundamental para sustentar a confiança mútua. Negar a realidade ou travar proibições cortantes pode afastar crianças e adolescentes do convívio com familiares. “Quando a família acolhe os meios que os filhos já conhecem e gostam, ela cria uma atmosfera mais positiva e receptiva aos direitos e deveres de cada pessoa dentro de casa.”

2) Ofereça orientação qualificada

Apresentar informação confiável sobre conduta na internet, dados de saúde e compartilhar histórias sobre bullying online abre um debate franco, que antecipa questões, evita problemas e educa para a vida. “Os nossos pais não receberam princípios e valores a respeito do uso das redes sociais. A nova geração está num momento privilegiado de acesso a informações consistentes. Os adultos devem refletir sobre o exemplo que dão e fazerem escolhas conscientes para orientar seus filhos.”

3) Crie regras claras

Antes da pressão por “só mais cinco minutinhos” que podem virar horas, melhor fazer combinados. Qual horário pode ser disponibilizado para ficar online? Evite as telas ao acordar e por pelo menos duas horas antes de ir dormir (isso vale para os adultos também!). Encontre um ajuste que funcione e seja rigoroso: quando acabar o tempo, acabou. Só no dia seguinte.

4) Faça escolhas prévias

Em vez de dizer “isso não”, “isso também não” e “isso muito menos”, utilize mecanismos de controle por faixa etária disponíveis nos próprios aplicativos e selecione as sugestões mais interessantes. Em vez de deixar a criança buscar um conteúdo livremente, instale apps de jogos educativos, streamings com programação infantil e brincadeiras interativas que apresentem desafios sadios. Que tal um app de organização dos horários que favoreça a autonomia e um outro para aprender um idioma online, por exemplo?

5) Proponha alternativas

No tempo que pode ser dedicado às telas, que tal planejar uma prática esportiva, brincadeiras ao ar livre, passeios de bicicletas, participação em tarefas domésticas, jogos de tabuleiro em família ou cantar no karaokê? “Às vezes o adolescente prefere ficar no celular, mas os adultos devem mostrar que existem outras funções para a tecnologia e mesmo outras atividades para além da tecnologia. Esse equilíbrio é fundamental para que os jovens aprendam a lidar com sua própria realidade”, conclui Buzatto.

6) Dê o exemplo

Não adianta negociar limites com seu filho se você mesmo não sai do celular. “Como diz o ditado popular, palavras convencem, mas o exemplo arrasta. Muitas pessoas têm imensa dificuldade de desconectar do celular e ficar presente no momento real, acho que todos sabem disso. Então, é importante que responsáveis e cuidadores observem o seu próprio comportamento e, assim, consigam estabelecer um grau de autoridade adequado”, finaliza Arthur.

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  • Data: 26/01/2024 02:01
  • Alterado:26/01/2024 14:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Escola Vereda









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