Estresse e ansiedade são os principais gatilhos emocionais da compulsão alimentar

Segundo dados da OMS, 4,7% dos brasileiros sofrem com transtornos alimentares

  • Data: 24/01/2024 10:01
  • Alterado: 24/01/2024 10:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Dra. Elaine Dias JK
Estresse e ansiedade são os principais gatilhos emocionais da compulsão alimentar

Compulsão alimentar

Crédito:Reprodução

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De acordo com números divulgados pela Organização Mundial da Saúde, ao menos 4,7% da população brasileira sofre com transtornos alimentares. A compulsão alimentar é um distúrbio caracterizado pelo consumo de uma grande quantidade de alimentos em um curto espaço de tempo. A Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP e metabologista, afirma que esse distúrbio periódico está muito relacionado a gatilhos emocionais como estresse e ansiedade.

Segundo a médica, a exaustão emocional leva as pessoas a perderem o controle de seus hábitos, a procurarem por comida o tempo todo e alimentos mais palatáveis, como gorduras e açúcares. Porém, logo na sequência elas se arrependem. “A compulsão surge quando a pessoa está se sentindo mal, cansada, desanimada, descompensada. E, quando ela se dá conta de que precisa de auxílio médico, muitas vezes já desencadeou outros problemas de saúde, como diabetes, hipertensão, artrose, colesterol elevado e esteatose hepática”, explica a Dra. Elaine.

No dia a dia, são diversos os gatilhos da compulsão alimentar para quem possui algum tipo de transtorno emocional. A médica PhD em endocrinologia listou algumas práticas que podem ser incorporadas à rotina para amenizá-los. São elas:

  • Realizar atividades físicas de forma regular: a sensibilidade de neurotransmissores se torna uma aliada para diminuir a vontade de consumir alimentos ruins e o tempo todo;
  • Criar um ambiente magro em casa e no trabalho: evitar um ambiente obesogênico, pois no episódio de compulsão, se tiver acesso somente a alimentos magros, automaticamente irá comê-los no lugar de opções prejudiciais à saúde.
  • Dormir de 7 a 9 horas por noite: focar na qualidade do sono;
  • Evitar ir tarde da noite para a cama: o ideal é que o indivíduo durma no máximo até às 23h, isso porque a partir desse horário acontecem várias alterações no ciclo circadiano de vários hormônios, como testosterona, cortisol, GH, a Grelina, a leptina, entre outros que ficam alterados durante o dia, e essas alterações levam ao aumento da fome, irritabilidade, dificultam o ganho de massa magra e músculo, pioram a composição corporal;
  • Realizar a higiene do sono: criar uma rotina que ajude a preparar o corpo e a mente para o sono, como evitar luzes de aparelhos tecnológicos, estudar ou comer na cama. Dessa forma, o psicológico irá associar o quarto com a hora de dormir, promovendo a qualidade do sono;
  • Ingerir comidas mais saudáveis: alimentação rica em fibras é uma grande aliada. Além da sensação de saciedade, ajuda a diminuir os níveis de açúcar;
  • Inserir a meditação no dia a dia: reduz o estresse e a ansiedade, evitando a compulsão;
  • Terapia Cognitivo-Comportamental é uma grande aliada para o tratamento de compulsão alimentar periódico.

A Dra. Elaine acrescenta que há muitos estudos indicando a necessidade de medicamentos para a eficácia do tratamento em casos mais complexos, já que os transtornos estão ligados a alterações na quantidade de neurotransmissores no sistema nervoso central.

A médica também enfatiza que, em relação ao consumo de alimentos, uma dica para saber se eles são ideais ou não é ter em mente a importância do descascar mais e abrir menos. “Ingerir o máximo possível de alimentos não industrializados, que sejam frescos e naturais, evitando opções que são fabricadas e, principalmente, os ultras processados e ricos em gordura trans. Esses alimentos levam à inflamação do nosso corpo, piorando o hormônio do estresse, que é um dos principais gatilhos da compulsão alimentar”, finaliza a Dra. Elaine.

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  • Data: 24/01/2024 10:01
  • Alterado:24/01/2024 10:01
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  • Fonte: Dra. Elaine Dias JK









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