Diadema celebra o Dia Nacional da Visibilidade Trans
Com o tema “Visibilidade Trans, Pelo direito de ser, quem você é....”, Coordenadoria de Diversidades lança campanha de acolhimento e cartilha informativa
- Data: 23/01/2024 14:01
- Alterado: 23/01/2024 14:01
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Crédito:Mauro Pedroso
Em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro, a Coordenadoria de Políticas de Cidadania e Diversidades de Diadema lança a campanha permanente “Acolher & Transformar”. Por meio de cartazes que serão colados em equipamentos públicos, o material explica como tratar uma pessoa trans nos serviços públicos, além de conscientizar os trabalhadores.
“Nosso objetivo é educar as pessoas, explicar a todos os usuários sobre os direitos das pessoas trans, e especialmente, que transfobia é crime”, destaca o coordenador de Políticas de Cidadania e Diversidades, Robson Carvalho. Além desses cartazes que serão fixados, também será lançada a cartilha “Visibilidade Trans: Muito além do gênero”. O material reproduz uma exposição de fotos que foi concebida em 2023 e relata um pouco a história de cada uma das pessoas trans que foram retratadas pela fotógrafa Adriana Horvath.
“Esse mês também destacamos que é fundamental entender que a discriminação com as pessoas trans se inicia através da questão estrutural, com base na formação cultural da sociedade, ligada ao binarismo de gênero”, pontua Carvalho. “O binarismo de gênero é uma ideologia constituída pela afirmação de que mulheres e homens são radicalmente distintos, que esta distinção está fundada nos corpos biológicos e que, portanto, ela é imutável e inquestionável”, completa o coordenador.
Robson lembra que a transfobia se apresenta no cotidiano das travestis, mulheres trans e homens trans em decorrência da sua identidade de gênero, que é a forma como cada pessoa se percebe e se identifica, sendo pertencente ao gênero feminino, masculino ou outra possibilidade, independente do sexo que foi atribuído quando nasceu.
O termo transfobia foi criado para dar nome ao ato de preconceito, discriminação e/ou violência contra pessoas transgêneros, que são aquelas que não se identificam com gênero atribuído no nascimento. “É desse modo que a transfobia age, principalmente como uma exclusão social. A discriminação contra essas pessoas está enraizada em pensamentos antiquados e o preconceito é o principal fator para a evasão escolar e para a margilnalização das pessoas trans”, pontua.
“O ódio é uma construção social e política. No caso do ódio contra as travestis, mulheres trans e homens trans, é uma ‘escolha’ ignorante por uma violência transfóbica. Violência essa que foi ensinada. Todavia, se aprendemos, podemos desconstruir. Ou melhor: destruir. É uma escolha que não deveria ser uma escolha. Afinal, os direitos humanos não se negociam, mas o Brasil é um país que insiste em violentar aquilo que chama ou conhecemos por ‘diferença’”, conclui o coordenador.
Robson relata que o trabalho da Coordenadoria tem sido focado para que em um futuro bem próximo essa população consiga não só concluir sem nenhum tipo de preconceito transfóbico sua vivência escolar/técnica/acadêmica, como através de seus bons currículos, sejam absorvidas também pelo mercado de trabalho. “Que essa população se insira mais rapidamente no mercado de trabalho conforme sua formação e que a escola/universidade catapulte essas pessoas cada vez mais longe em seus desejos e sonhos.”
“Aproveitamos também para reforçar o compromisso de nossa gestão, junto ao prefeito Filippi, em lutar e garantir o direito para todos, não só nesta data, mas durante todo o ano, oferecendo oportunidade através da Coordenadoria de Diversidades, o encaminhamento de currículos para o Emprega Diadema, cursos na Fundação Florestan Fernandes, atendimento e orientação na Ouvidoria, além de suporte para as mais de 342 pessoas trans atendidas no Ambulatório DiaTrans. Assumimos o compromisso de todos os dias lutar contra qualquer tipo de discriminação, pois numa gestão comprometida ninguém faz nada sozinho”, finaliza.
Lançamento da campanha Acolher & Transformar e da cartilha Visibilidade Trans: muito além do gênero
Dia 29 de janeiro, 14 horas
Auditório do Quarteirão da Saúde
Avenida Antonio Piranga, 700, Centro