Produtora de filmes Fordlândia e Instituto Acqua firmam parceria

Diretor e produtor se reuniram também com prefeito de Ribeirão Pires e trataram sobre a montagem de cidade-cinematográfica no município

  • Data: 02/05/2013 14:05
  • Alterado: 02/05/2013 14:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Samir Siviero/Liora Mindrisz
Produtora de filmes Fordlândia e Instituto Acqua firmam parceria

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O diretor do filme Fordlândia, Emerson Muzelli, e o produtor João Quadra estiveram em Ribeirão Pires nesta semana para acertar detalhes da produção na cidade e firmaram parceria com o Instituto Acqua para que a instituição garanta a sustentabilidade das filmagens, já que a produção contará a história de uma cidade construída pela Ford em meio à Amazônia na década de 1920. Na ocasião, os responsáveis pelo filme estiveram também com o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides, para tratar sobre a instalação da cidade-cinematográfica no município.

O filme pretende ser uma das maiores produções do cinema nacional e tem previsão de filmagens para o segundo semestre de 2014, com início de produção ainda em 2013, fase de adaptações estruturais na cidade para receber e realizar o filme conforme o roteiro. Para esse início de trabalho, os produtores procuraram o Instituto Acqua.

“Antes de iniciar as tratativas para construção da cidade-cinematográfica, queremos um projeto de sustentabilidade, que será tocado pelo Instituto Acqua. Nossa intenção é que para que o mecanismo de funcionamento da cidade-cinematográfica e de seus atrativos culturais sejam produzidos com a preocupação ecológica de instruir o público para a preservação dos mananciais”, explicou Muzelli.

O diretor presidente do Instituto Acqua, Ronaldo Pepe Querodia, disse que a parceria com os responsáveis pelo filme mostra uma preocupação importante com o impacto que uma produção deste porte causa em toda uma cidade. “Já sabemos do projeto há alguns anos, o que mostra a responsabilidade dos produtores com o local em que querem executar as filmagens. Diante dessa preocupação, o Instituto Acqua se coloca à disposição para ajudar da melhor forma possível.”

Muzelli afirmou que a parceria com o Instituto Acqua vem sendo tratada desde que o diretor iniciou a concepção do filme, incluindo uma visita da produção à cidade abandonada de Fordlândia, no Pará. “Há muito dialogamos sobre as possibilidades de um convênio com o Acqua. Sabíamos que a existência de um filme desse porte não poderia ser iniciada sem as devidas responsabilidades ecológicas e governamentais. Hoje, a renovação e o acontecimento desta parceria com o Intituto Acqua, traz a certeza de que estamos no caminho certo rumo ao sucesso do projeto.”

A produção pretende se estabelecer na região por um ano antes da produção de fato, uma vez que uma base de produção já deve ser implantada imediatamente para suprir as demandas de geração de conteúdo, reuniões e desenvolvimento.

Prefeitura – Além do encontro com o Instituto Acqua, Muzelli e Quadra estiveram também com o prefeito Saulo Benevides para falar sobre a instalação na cidade. O diretor do filme afirmou que o chefe do Executivo Municipal acertou um compromisso com os produtores para a implantação e realização do filme na cidade, faltando agora a definição dos locais a serem disponibilizados para a instalação.

Uma cidade-cenográfica principal será construída inspirada nos moldes da Fordlândia original, havendo ainda duas outras ‘cidades auxiliares’ e menores que funcionarão como bases de produção e que receberão parte dos cenários do filme. Para Muzelli, umas das principais contrapartidas do filme e sua realização na cidade, está justamente no legado que a cidade-cenográfica trará como ponto de visitação turística e espaço cultural para o município.

História – Fordlândia foi o nome dado à indústria instalada pelo empresário americano Henry Ford em meio à Amazônia, às margens do Rio Tapajós, no Pará, para a produção de látex para os pneus dos automóveis da Ford. A construção da empresa no meio da selva obrigou Ford a criar uma verdadeira cidade no local.

As dificuldades para a produção, tanto em relação ao meio ambiente quanto com os trabalhadores, levaram a uma série de problemas que ocasionaram a extinção da empresa na década de 1940. Hoje, o local virou uma cidade-fantasma, abandonada em meio à Amazônia.

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  • Data: 02/05/2013 02:05
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