Metade dos profissionais busca novo emprego em 2024
64% dos empregados gostariam de trocar de empresa enquanto 36% desejam uma mudança de carreira
- Data: 15/01/2024 11:01
- Alterado: 15/01/2024 11:01
- Autor: Redação
- Fonte: Robert Half
Carteira de Trabalho
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
O início de cada ano provoca reflexões e inspira as pessoas a reavaliar suas prioridades para o próximo ciclo. Isso fica evidente nos resultados da última edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), que revela que 50% dos trabalhadores pretendem procurar um novo emprego em 2024.
As seguidas quedas nas taxas de desemprego, especialmente entre os profissionais qualificados, aqueles com 25 anos ou mais e ensino superior completo, proporcionaram maior protagonismo para os trabalhadores em suas relações profissionais. Segundo dados da Pnad, o índice de desemprego qualificado foi de 3,3% no terceiro trimestre de 2023. No comparativo com o mesmo período do ano anterior, a taxa está 0,5 ponto percentual mais baixa.
“Nos últimos anos, testemunhamos uma completa mudança de prioridades e esse desejo por movimentação profissional é reflexo disso. Vale a pena observar que atingimos o menor índice de desemprego desde 2015. A confiança dos profissionais reflete as condições do mercado”, analisa Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul.
O que incentiva a procura por novos ares
O mundo está passando por um movimento significativo de profissionais em busca de oportunidades mais alinhadas aos seus perfis e momentos de vida. Para esclarecer o propósito da intenção de mudança, 64% dos entrevistados expressaram o desejo de trocar de empresa, mas permanecer na área de trabalho atual, enquanto 36% gostariam de explorar um novo campo, setor ou profissão.
5 principais motivos para a busca por mudança
Para mudar de empresa
Para mudar de área de atuação, segmento ou profissão
Melhores oportunidades de crescimento
Realização pessoal
Salário mais alto
Salário mais alto
Novos desafios
Qualidade de vida
Benefícios mais atrativos
Aprender algo novo
Trabalho remoto ou híbrido
Mais flexibilidade
(Fonte: 26ª edição do Índice de Confiança Robert Half)
Mantovani destaca que, para se manter atrativas e competitivas nesse cenário, o desafio é diário, e as empresas devem investir em políticas claras de trabalho, na transparência das lideranças, além de bons pacotes de benefícios e remuneração, condizentes com as médias praticadas pelo mercado, que podem ser consultadas no Guia Salarial 2024 da Robert Half.
‘Job hopping’
Em paralelo, o termo “job hopping” vem ganhando destaque fora do Brasil e representa essa movimentação profissional constante, que, historicamente, aciona um sinal de alerta para as empresas. Esses profissionais foram apelidados de “job hoppers” e estão em alta em vários países.
Como os recrutadores avaliam candidatos com histórico de “job hopping” (TOP 3)
Depende do contexto e das razões para as mudanças
69%
Preocupo-me com a falta de estabilidade
55%
Acredito que pode indicar dificuldade de adaptação
46%
(Fonte: 26ª edição do Índice de Confiança Robert Half)
“Não temer o novo e buscar pela realização profissional nunca será avaliado como algo negativo, muito pelo contrário. O mercado de trabalho está se transformando e, para além do tempo de permanência em cada oportunidade, o que ganha relevância é a demonstração dos aprendizados e conquistas de cada experiência. Entretanto, a carreira precisa ser encarada de forma estratégica e aqueles profissionais ‘pula-pula’ que não souberem justificar bem as mudanças ainda podem ser malvistos pelo mercado”, alerta o executivo da Robert Half.
Desempregados estão mais confiantes na recolocação
Ao analisar outro recorte, é possível observar que o sentimento de otimismo está mais presente entre os profissionais desempregados. Segundo o levantamento, 36% deles estão confiantes em conquistar a recolocação nos próximos seis meses, um acréscimo positivo de 3 pontos percentuais na comparação com o último ICRH.
“De fato, o cenário é promissor para os candidatos atentos às novas demandas das empresas, que concorrem de forma acirrada pelos melhores talentos do mercado. Considerando que as pessoas representam o principal ativo de uma organização, recomendo aos gestores a adoção de um olhar estratégico para não correr o risco de valorizar profissionais importantes para o negócio somente na iminência de perdê-los”, conclui Mantovani.
A 26ª edição do ICRH é resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half com base na percepção de 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior).