Tolerância para um novo ano
2024 com mais fraternidade e empatia
- Data: 25/12/2023 19:12
- Alterado: 25/12/2023 19:12
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Tolerância para um novo ano
Crédito:Divulgação
Todo final de ano, as pessoas tornam-se mais solidárias e fraternas. O espírito natalino costuma deixar as pessoas mais empáticas, um comportamento que se repete há milhares de anos.
Uma pesquisa publicada na revista científica Journal of Experimental Social Psychology, em 2013, analisou 27 estudos que exploram as ligações entre generosidade e felicidade. O relatório concluiu que, em geral, há uma ligação significativa entre os dois. Além do ato de doar, mesmo que por um período curto durante as festividades, há uma associação à melhoria da saúde mental e física das pessoas.
Um outro estudo publicado no PNAS revelou que a caridade ativa regiões do cérebro quando envolve recompensas, seja ao doar tempo ou presentes.
Será que a sociedade está preparada para fraternidade e empatia durante todos os dias do ano?
LGBTQIAPN+
Para o público LGBTQIAPN+, 2023 foi um ano de retrocesso. Além dos diversos casos de homofobia, no primeiro semestre as denúncias no país aumentaram 90,27% em comparação ao ano anterior segundo o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, foi também pautado pelo Projeto de Lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“A discriminação contra a comunidade LGBTQIAPN+ surge da suposta ameaça que eles representam e o medo do diferente e do desconhecido. O preconceito, assim como no caso do racismo baseia-se em generalizações, onde características como orientação sexual pode representar erroneamente promiscuidade e ameaça a valores morais. Esta ameaça não corresponde a realidade, já que segundo a ONU, tal comunidade não passa de apenas 3% da população mundial. Trata-se de uma minoria esmagadora. Ao desafiar estereótipos e interagir com membros desta comunidade, percebemos que a chave para vencer o preconceito está na promoção da empatia, no diálogo aberto e na valorização da diversidade, permitindo quebrar barreiras e construir uma sociedade mais inclusiva.” Artur Gomes, psicólogo.
RACISMO
Casos de racismo também aumentaram em 67% de acordo com registros da Polícia Civil. Rio de Janeiro e Paraná, são os estados que mais registraram denúncias.
“O Racismo não é nada mais do que o medo do diferente e do desconhecido. A Ideia de pré-conceito – ou seja, um conceito ou uma ideia prévia, sem conhecer e pessoa; exemplifica bem a ideia do Racismo. Se trata de uma generalização, onde, o simples fato da pessoa ter uma determinada cor de pele, raça, ideologia ou opção sexual, significaria que ela é “algo” em geral pejorativo. Quando dizemos por exemplo “nenhuma homem presta”, nesta generalização estamos descartando inúmeras homens sinceros e honrados, sem tentar conhece-los. Como se vence o preconceito? Simples, trocando-o pelo “conceito”. Quando se conhece mais pessoas diferentes, percebemos no final das contas que elas não são tão diferentes de nós, e passamos a ter uma ideia mais verdadeira sobre aquele grupo, e assim, com uma ideia ou “conceito” mais realista podemos perceber que esse grupo antes diferente, na verdade é bem mais parecido conosco do que imaginamos.” Artur Gomes, psicólogo.
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, “Reiterar o respeito a todas as expressões de fé e fazer valer a laicidade do Estado brasileiro são compromissos do Poder Executivo”. Divulgado pelo Observatório das Liberdades Religiosas e apoio da Unesco, nos últimos três anos a intolerância religiosa cresceu em 173% no Brasil.
“As leis precisam ser fortalecidas para que a intolerância religiosa pare de crescer aqui no Brasil. É preciso ser mais severo com quem pratica esse crime. Hoje as comunidades religiosas de matriz africana continuam sendo as mais perseguidas, as que mais sofrem com a intolerância. Essa é uma pauta importante que precisa ser discutida pelo Poder Executivo mas, infelizmente, a realidade é outra. Temos governantes que são fanáticos religiosos e estão no poder, que nos excluem e ainda incentivam pessoas a continuarem praticando esse crime. Atualmente, até em aplicativos de transportes sofremos com intolerância e discriminação, onde quem usa turbante na cabeça e colar no pescoço sofre humilhação e até mesmo violência de motoristas que não têm nenhum preparo e respeito com o nosso povo, com o nosso Sagrado.Esse crime precisa ser combatido, urgente. Ele vem, na atualidade, destruindo não só vidas e famílias, mas também tradições e histórias.” Tata Jerdam de Matamba (Nação Angola)
PRECONCEITOS
Segundo dicionário Oxford Languages, preconceito é definido por “sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância.”. São diversos os tipos de preconceitos sofridos pela população, os mais comuns são racial, social, religioso, quanto à orientação sexual, de gênero, linguístico e cultural. Mas também há preconceitos pouco relatados e que acarretam problemas e inseguranças em quem sofre. Um exemplo é a gordofobia, definida como o ódio, a rejeição e a violência enfrentados por pessoas obesas devido ao seu peso.
“Sou obesa desde sempre e o preconceito me acompanha desde então. Vestir roupas desconfortáveis, enfrentar assentos apertados em teatros, cinemas, aviões e sentir olhares de desdém ao entrar em restaurantes ou lanchonetes são apenas alguns dos inúmeros desafios que a obesidade traz. Não se trata de romantizar a obesidade, mas sim de ter empatia por uma doença – sim, uma doença – crônica, limitante e repleta de obstáculos. Sem dúvida, a maior barreira que enfrento é a psicológica. Lutar diariamente contra as adversidades causadas pela obesidade, somando-se ao desequilíbrio psicológico provocado pelas pessoas, é uma batalha constante e interminável”. Karolina Santos – jornalista
2024 com mais fraternidade e empatia
“Ao iniciar cada dia elevando nossos pensamentos e programando positivamente nossa energia, percebemos que as palavras têm um poder transformador. Repetir constantemente ‘Eu posso, Eu quero, Eu tenho, Eu consigo’ não apenas são expressões, mas verdadeiras chaves de poder que modificam nossa vida. Essas palavras não só nos impulsionam em direção aos nossos objetivos, mas também reprogramam nosso cérebro, trazendo prosperidade e uma nova perspectiva. Falar essas afirmações todos os dias é mais do que um hábito, é uma mudança literal em nossa vida. Então, vamos escolher ser felizes e conscientemente moldar nosso destino?” Cristina Romagnoli – terapeuta.