Linha 4-Amarela completa 2 anos em Vila Sônia com projeção de 600 novos empregos e lojas a partir de 2024

Responsável por transportar mais de 650 mil pessoas por dia, a Linha 4-Amarela de metrô completa, nesta semana, dois anos de operação na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, com a projeção de 600 novos empregos a partir do primeiro semestre de 2024, por meio do novo centro comercial no local. Segundo a ViaQuatro, concessionária responsável pela linha metroviária, a estação já atendeu, desde o início da cobrança tarifária em maio de 2022, a mais de 19,4 milhões de pessoas e impulsionou a economia e os imóveis na região. 

Inaugurada em 17 de dezembro de 2021, a Estação Vila Sônia-Professora Elisabeth Tenreiro possui uma área de 7,2 mil metros quadrados, onde receberá 56 lojas e 14 quiosques de diversas marcas. O espaço terá praça de alimentação, redes de fast food, café, além de lojas de tecnologia, calçados, moda, serviços, beleza, bombonieres, entre outros, além de nova iluminação, paisagismo e área multiuso para eventos. 

“Temos na Linha 4-Amarela o mais moderno sistema de metrô da América Latina, único no Brasil a atender sem condutor. E queremos implementar à linha diversos serviços aos nossos passageiros, oferecendo menor deslocamento e conforto. O futuro centro comercial oferecerá essa oportunidade e, de quebra, ajudará a impulsionar ainda mais a economia na região de Vila Sônia”, explica o diretor-comercial da ViaQuatro, Marcelo Carpegiani. 

O coordenador do núcleo de Mobilidade Urbana do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper, Sérgio Avelleda, afirmou que a chegada do metrô impacta diretamente em áreas onde ainda não há a consolidação total de empreendimentos de serviços e comércio. “A inauguração de uma estação de metrô gera vários fenômenos ao seu redor, como valorização dos terrenos por meio de um apelo de uso maior. Se pegarmos a Estação Fradique Coutinho (da Linha 4-Amarela), por exemplo, temos novos estabelecimentos comerciais e prédios residenciais”, cita. 

Dessa forma, o docente, que também foi presidente do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), explicou que o metrô leva o desenvolvimento social e econômico da região onde há o serviço. “O metrô pode contribuir para um desenvolvimento urbano mais justo, criando novas centralidades econômicas. O que ocorre na Vila Sônia ajuda muito a melhorar a sustentabilidade e a qualidade de vida. Ao gerar empregos na região, as pessoas viajam menos ao Centro e trabalham mais perto de suas casas”, diz. 

Valorização imobiliária

Outro exemplo de desenvolvimento gerado pela Linha 4-Amarela na região de Vila Sônia foi o aumento de 5,66% do preço do metro quadrado em residências desde a chegada do transporte por trilhos ao bairro. De acordo com o Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo), desde a chegada do metrô, o bairro registrou 2.389 novos imóveis, entre 2022 e agosto deste ano. Em 2021, ano de inauguração da estação, não houve registros de lançamentos de empreendimentos, em decorrência da pandemia da Covid-19. 

Segundo a entidade, os preços médios, por metro quadrado, dos lançamentos residenciais pelo distrito da Vila Sônia subiram mais de R$ 500,00 proporcionalmente, passando de R$ 8.488 em 2022 para R$ 8.969 em agosto deste ano. 

Linha 4-Amarela evita emissão de mais de 1 milhão de tonelada em emissão de CO²

Segundo pesquisa desenvolvida pela WayCarbon, consultoria especializada no desenvolvimento de projetos sobre sustentabilidade e mudança do clima, a Linha 4-Amarela evitou a emissão de 1.164.672 de toneladas de dióxido de carbono (CO²) para a atmosfera, na Região Metropolitana de São Paulo, desde o início de sua operação, em 2010. 

Para compor a metodologia, a WayCarbon estimou o total de emissões de CO² em um cenário onde não existiria a Linha 4-Amarela. O estudo também ouviu passageiros para apurar as distâncias médias que seriam percorridas na ausência do modal operado pela ViaQuatro, tendo a maioria do público consultado, optando por carros e ônibus, que emitem os elementos poluentes à atmosfera.

Estação recebe diariamente mais de 40 mil pessoas

A Estação Vila Sônia – Professora Elisabeth Tenreiro atende, em média, 40 mil passageiros por dia, transportando pessoas da zona oeste e cidades vizinhas à região central da Capital. O terminal conta com integração a ônibus municipais e intermunicipais, com destinos a municípios da Região Metropolitana de São Paulo, como Itapecerica da Serra, Embu das Artes, Taboão da Serra, Osasco, Carapicuíba e Barueri. 

Os passageiros também têm à disposição a extensão operacional, sem cobrança tarifária, da Linha 4-Amarela a Taboão da Serra, por meio de 11 ônibus articulados. Somente de janeiro a novembro de 2023, o serviço atendeu a mais de 2,4 milhões de clientes. No mês passado, embarcaram e desembarcaram nos coletivos, em média, 9,6 mil passageiros por dia útil, enquanto que aos sábados e domingos, os números são 4,9 mil e 2,5 mil pessoas, respectivamente, segundo a ViaQuatro.