Festival AfroBrasa, bate-papo com Load Comics, exposições de moda e HQs movimentam as Fábricas de Cultura
Novembro promete muita diversão com destaque para a exposição “Rap em Quadrinhos” e o festival de música AfroBrasa, nas unidades Osasco e Brasilândia, respectivamente
- Data: 06/11/2023 13:11
- Alterado: 06/11/2023 13:11
- Autor: Redação
- Fonte: Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas
Cantora Negra Li como Tempestade do X-Men na exposição Rap em Quadrinhos
Crédito:Wagner Loud
Em novembro, as Fábricas de Cultura, programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis, celebram a pluralidade da produção cultural de artistas negros com uma agenda diversa. Toda a programação é gratuita e entre os destaques, o público das periferias da capital e região metropolitana de São Paulo encontram shows, bate-papo com escritores, oficinas e muito mais.
Confira os destaques:
A partir de 1º de novembro, quarta-feira, estará aberta a exposição Brasilidades Nossas, organizada pelo Núcleo de Moda das Fábricas de Cultura, com croquis e peças criadas, por meio de customização, pelos aprendizes do projeto para o desfile junino de mesmo nome realizado em junho deste ano. A turma buscou inspiração na estética nacional das pequenas coisas do dia a dia, partindo do olhar para o que é o Brasil e suas tradições. As peças ficarão expostas nas Fábricas de Cultura Jaçanã, Vila Nova Cachoeirinha, Brasilândia, Osasco e Jardim São Luís até o dia 30/11.
Outra exposição é Rap em Quadrinhos, realizada pelo ilustrador Wagner Loud junto com o youtuber Løad Comics, aberta para visitação na Fábrica de Cultura Osasco a partir do dia 7, terça-feira. Aqui, as ilustrações colocam personalidades negras como super-heróis populares, entre eles, Emicida se tornando Miles Morales, o Homem-Aranha, e Negra Li como Tempestade. No dia 9, quinta-feira, às 19h, os idealizadores da mostra de HQs estarão na unidade para um bate-papo sobre as curiosidades e processos de criação em torno das obras.
Já na Fábrica de Cultura Diadema o bate-papo é com o escritor Vitor Martins, autor dos sucessos infantojuvenis LGBTQIAPN+ “Quinze Dias” e “Um Milhão de Finais Felizes”. A conversa será no dia 8, quarta-feira, às 14h30, com foco na literatura, cultura LGBTQIAPN+ e a importância dos romances adolescentes na formação de novos leitores.
Ainda no dia 8 terá início o Festival Tecnicamente Falando na Fábrica de Cultura Capão Redondo. O evento busca unir tecnologia e criatividade na cultura com uma agenda diversa, por oficinas de games, cultura maker – desde manuseio com máquinas de corte a laser a impressão 3D – e do sistema de áudio imersivo Dolby Atmos com Clement Zular. A programação se estende ao longo do mês. Confira as datas e horários no site das Fábricas de Cultura.
A contação de história O baú de memórias de Aimée promete divertir a criançada no dia 9, quinta-feira, às 10h, na Fábrica de Cultura Jaçanã. Na atividade, os artistas Bruno Torres e Bruna Cristiana apresentarão o livro “Aimée e a coroa que não conseguia ver”, que retrata um impasse comum entre crianças negras e a própria beleza.
No sábado, 11, a partir das 12h, acontece o 1º Festival AfroBrasa na Fábrica de Cultura Brasilândia, com o objetivo de promover um encontro de artistas negros locais por meio da música. Entre os shows confirmados estão: Math, Mc Gabiru, Mc Natan da ZN, Angela Maximo, Ndusa, Grupo Vocal Kuimba, Dj Yaminah Mello e muito mais.
A equipe de Biblioteca da Fábrica de Cultura Osasco realiza no dia 14, terça-feira, às 14h30, a atividade Bordando Personalidades Negras a partir da coleção Mostarda, editora que apresenta a biografia de diversas personalidades negras e indígenas. Os participantes terão contato com as obras e a prática da técnica do bordado livre. Já na biblioteca da Fábrica de Cultura Capão Redondo acontece a ação formativa Re(existências) Negras no dia 16, quinta-feira, às 10h, a fim de tratar das estratégias de resistências e aquilombamentos dos territórios periféricos.
Outra opção para o dia 16, às 10h30, é a adaptação da obra de João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina, pelos aprendizes do ateliê de Teatro da Fábrica de Cultura Brasilândia. Inspirados na trajetória de Severino, que deixa o sertão nordestino em direção ao litoral em busca de melhores condições de vida, os aprendizes traçam uma relação entre o sertão e o distrito da Brasilândia em um espetáculo inédito. Nesta produção, a morte e a sina Severina estão cada vez mais atuais, estampando com frequência as manchetes de jornais até hoje.
O espetáculo faz parte da Mostra de Processos, atividade pedagógica em que os alunos matriculados nas Fábricas de Cultura apresentam à comunidade os resultados das formações de que participaram ao longo do semestre. Confira a agenda completa da Mostra de Processos diretamente nas unidades.
Na Fábrica de Cultura Vila Cachoeirinha o público também poderá aproveitar espetáculos diversos. Dia 17, sexta-feira, às 10h30, tem a peça multissensorial Afro Fragmentos, sobre os fluxos do continente africano responsáveis pela separação de inúmeras famílias que desembarcaram compulsoriamente no Brasil. A peça aborda a pluralidade multicultural por meio de um diálogo da mãe dos oceanos, Yemanjá, e seu Pai Olocun.
O sábado, 18, é de circo com o espetáculo Nós não andamos sós, do Circo Soul, o qual mistura diversas linguagens, como dança e música, para narrar histórias ligadas à temática LGBTQIAPN+. Com personagens plurais, entre eles, uma mulher iraniana gay se considerando ser transgênero e um homem hétero cis em questionamento, o espetáculo-manifesto circense utiliza trapézio, corda lisa, acrobacia, faixas aéreas, paradas de mão, pirâmides e tecido como plataformas para a investigação das histórias dessas pessoas. A apresentação acontece na Lona de Circo da unidade Vila Nova Cachoeirinha a partir das 19h.
Ainda na zona norte, a Fábrica de Cultura Jaçanã realiza uma dobradinha teatral no final de semana de 18, sábado, e 19, domingo. Em ambas as datas, a partir das 15h, acontece a apresentação do musical A Cor Púrpura pela Cia. Teatral JS. A produção, inspirada na obra de Alice Walker, abrange 40 anos na vida de Celie, uma mulher afro-americana que morou no sul dos Estados Unidos e sobreviveu a inúmeras violências na busca para reencontrar a irmã.
Pelo canal do YouTube das Fábricas de Cultura será possível assistir no dia 21, terça-feira, às 19h, uma conversa com Milton Barbosa, educador social, fundador e coordenador Nacional de Honra do MNU (Movimento Negro Unificado), e com Regina Lucia dos Santos, geógrafa especialista em educação para as relações étnico-raciais e coordenadora estadual do MNU-SP, sobre o mês da Consciência Negra.
A Fábrica de Cultura Brasilândia recebe o coletivo Ara Ijó com o espetáculo (Diz)Carrego no dia 22, quarta-feira, às 14h. A produção aborda o fortalecimento dos corpos e dos espíritos por meio do saber ancestral. E a agenda de novembro termina com a Oficina de Turbante promovida pelo Manifesto Crespo, coletivo de arte-educação formado por mulheres afro-brasileiras, no dia 28, terça-feira, às 10h, na Fábrica de Cultura Jardim São Luís. O encontro promove o diálogo sobre estéticas e identidade enquanto os participantes aprendem as técnicas de tico e amarrações de tecido.
Para conhecer a programação completa, acesse o novo site do Programa Fábricas de Cultura.