GT de Habitação do Cosud discute boas práticas de atuação em casos de desastres naturais
No primeiro dia de trabalhos, autoridades do setor também abordaram políticas inovadoras para o enfrentamento do déficit habitacional
- Data: 20/10/2023 09:10
- Alterado: 20/10/2023 09:10
- Autor: Redação
- Fonte: CDHU
GT de Habitação do Cosud discute boas práticas de atuação em casos de desastres naturais
Crédito:Divulgação
Secretários e autoridades do setor de Habitação dos sete estados do Sul e Sudeste iniciaram, na tarde desta quinta-feira (19/10), discussões a respeito de desafios e compartilhamento de experiências que possam ajudar no desenvolvimento urbano de cada unidade. Esse foi o direcionamento do Grupo de Trabalho da Habitação da 9ª Edição do Cosud – Consórcio de Integração dos Estados Sul Sudeste.
As conversas tiveram início com uma apresentação do secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo, Marcelo Branco, com um relato sobre o cenário que encontrado no carnaval de 2023, no Litoral Norte (especialmente em São Sebastião) com desastres decorrentes das chuvas. Para o secretário Marcelo Branco, o melhor meio de prevenir esses desastres que afetam, principalmente, pessoas que moram em áreas de risco, é investir no desenvolvimento urbano dos municípios. “Quando a gente permite a construção de casas de veraneio de alto padrão, o Estado precisa prever que haverá necessidade de comércios e serviços e se antecipar para que trabalhadores que serão atraídos por essa demanda tenham onde se instalar. Senão, eles vão se estabelecer em áreas de inapropriadas”.
O secretário de Habitação e Regularização Fundiária do Rio Grande do Sul, Fabrício Peruchin, ressaltou o impacto positivo da troca de experiências com quem já passou por situação equivalente, o que permite o aprendizado e uma resposta mais assertiva. “Hoje, estamos no Rio Grande do Sul em um momento semelhante ao que São Paulo passou em fevereiro, por exemplo, com cidades que chegaram a ter 85% dos imóveis destruídos”, acentuou.
Henrique Oliveira Carvalho, subsecretário de Política de Habitação de Minas Gerais, pontuou que o Estado enfrenta desafios equivalentes por conta das características topográficas da região, com muitas encostas. Ele destacou o salto de qualidade que as discussões podem levar a cada Estado. “É importante essa troca porque elas se complementam. Assim como vocês, a gente tem um olhar da Habitação sob a ótica do Desenvolvimento Urbano, mas no nosso caso, também olhamos pela perspectiva social”.
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Jorge Lange, também reforçou a importância da troca de experiências de grupos de trabalho como o do Cosud. “Habitação é um desafio gigante do dia a dia. E cada um de nós sabe uma coisinha que pode servir pros outros. E quando a gente se une, a gente divide e a gente compartilha esses conhecimentos, o crescimento é de todos e o beneficiário é o mesmo, pra nós todos”.
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Jorge Lange, também reforçou a importância da troca de experiências de grupos de trabalho como o do Cosud. “Habitação é um desafio gigante do dia a dia. E cada um de nós sabe uma coisinha que pode servir pros outros. E quando a gente se une, a gente divide e a gente compartilha esses conhecimentos, o crescimento é de todos e o beneficiário é o mesmo, pra nós todos”.
Também esteve em pauta a política de subsídio público à construção privada como modo de estimular o mercado imobiliário para combater o déficit habitacional. Participantes do GT relataram que se inspiraram na experiência de São Paulo com o programa Casa Paulista para lançar projetos semelhantes, como é o caso do secretário de Habitação do Rio de Janeiro, Bruno Dauaire. “Até então o Rio de Janeiro fazia habitação 100% subsidiada e a gente sabe que isso demanda tempo e custo. Então, esse programa vai aquecer a cadeia produtiva da construção civil. Nós estimamos gerar cerca de 75 mil novos empregos, com o exemplo de São Paulo.”
O Grupo de Trabalho de Habitação voltará a se reunir na sexta-feira (20/10) em dois turnos para buscar temas e iniciativas que permitam ação coordenada e cooperativa entre os Estados.