Como a cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento de câncer de mama

O canabidiol (CBD), composto natural e não psicoativo encontrado na planta da cannabis, pode ser utilizado no tratamento do câncer de mama, devido ao seu potencial para auxiliar no alívio dos sintomas da quimioterapia. A doença, que ataca o tecido mamário e que atingiu 66.280 mulheres em 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), conta com um tratamento que traz diversos efeitos colaterais, mas que podem ser aliviados com o uso do CBD. “A cannabis medicinal pode auxiliar as mulheres que estão em tratamento do câncer de mama através da melhora de alguns sintomas da doença, e também os que surgem por conta do tratamento com quimioterapia”, explica Gabriela Mânica, médica parceira da Simples Cannabis, empresa que auxilia e facilita a importação dos melhores medicamentos canábicos junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Com a chegada do Outubro Rosa, campanha internacional de conscientização da prevenção e tratamento do câncer de mama, a sociedade entra em alerta e busca se informar mais sobre a doença. Apesar de seu grande número de casos no Brasil e no mundo, seu desenvolvimento é relativamente raro em pessoas com menos de 35 anos, e nem todo tumor é maligno, a maioria dos nódulos detectados na mama é benigna. Quando diagnosticado e tratado na fase inicial, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%, o que evidencia a importância de exames periódicos e a busca por ajuda médica logo que um caso suspeito é detectado.

O câncer surge devido a mutações no DNA das células, que normalmente possuem um comportamento padrão, incluindo seu processo de crescimento, divisão e seu período de atividade. Quando esse comportamento é afetado por algum erro, uma célula modificada pode se desenvolver, se tornando potencialmente cancerígena. As células cancerígenas proliferam em uma velocidade mais acelerada em comparação com as células saudáveis, promovendo um crescimento descontrolado. Esse excesso de células pode invadir outras partes do corpo, originando tumores malignos. Essas células têm a habilidade de se desprender e se deslocar, dando origem a um fenômeno conhecido como metástase.

A conexão entre a cannabis e o câncer de mama está no alívio dos sintomas associados à doença, e no potencial antitumoral dos canabinoides, que ainda está sendo estudado. Cada vez mais, um número significativo de pacientes com câncer de mama recorre à cannabis para auxílio terapêutico. O uso do CBD diminui os efeitos colaterais dos quimioterápicos, como dores, náuseas, perda de apetite, e sintomas decorrentes da doença em si, como a ansiedade, insônia e o estresse.

Os endocanabinoides trabalham no sistema digestivo regulando a função intestinal, e auxiliam no consumo alimentar, aumentando o apetite dos pacientes. O CBD também auxilia no tratamento de problemas gastrointestinais, como náusea, vômito, dor visceral e inflamação do intestino. “O CBD, quando utilizado como um aliado no processo de quimioterapia do câncer de mama, é eficaz no alívio de náuseas e vômitos, especialmente quando o tratamento farmacológico padrão não é mais eficaz neste sentido. Consequentemente, o paciente em tratamento também consegue regular sua alimentação e seu peso, pois fica com mais apetite.” explica Gabriela Mânica, médica parceira da Simples Cannabis, que conta com 28 médicos de diferentes especialidades.

As dores crônicas também afetam os pacientes em tratamento de câncer, e em casos nos quais outros métodos de tratamento farmacológico falharam no alívio destes incômodos, o uso do CBD é bem-vindo.  Os canabinoides são eficazes na diminuição de vários tipos de dor decorrentes do tratamento, como a músculo-facial, óssea e nas articulações, além de enxaquecas, fibromialgia, dor visceral e neuropática (periférica e central).

O uso do CBD também desempenha um papel importante na melhora do humor, estresse e desgastes mentais decorrentes do câncer de mama e do seu tratamento. O uso de medicações baseadas na cannabis auxilia na diminuição da ansiedade, depressão, ataques de pânico, transtornos de estresse pós-traumático e transtornos obsessivo-compulsivos, que podem afetar o paciente. “A cannabis medicinal pode auxiliar as mulheres que estão em tratamento do câncer de mama também no alívio de sintomas como ansiedade e distúrbio do sono, por exemplo. Além disso, pode ajudar no controle das dores consequentes da doença, porque o cannabidiol também tem poder anti-inflamatório e antioxidante muito potente”, complementa.

Além do CBD, há outros derivados de Cannabis que podem auxiliar no tratamento dos sintomas de pacientes oncológicos. Apesar do preconceito ainda existente contra o fitocanabinoide THC (tetrahidrocanabinol), ele também pode ser utilizado em associação para estas terapias, não necessariamente incorrendo em qualquer mudança cognitiva perceptível. Muitas vezes ele é associado em doses muito baixas, para otimizar o efeito do CBD. Outras moléculas da cannabis, como CBDa, CBG, CBN, CBC, THCv, CBV e THCa também podem agir em determinados sintomas. Qualquer paciente que interesse em utilizar o canabidiol deve, em primeiro lugar, passar em consulta médica para avaliar indicações e contraindicações. E apenas com receita em mãos, será possível dar início ao tratamento. Na Simples Cannabis, é possível agendar um horário com um dos especialistas e passar via telemedicina. Posteriormente, a empresa auxilia em todos os trâmites e documentações com a ANVISA para a obtenção da medicação. “Não só durante o mês de outubro, mas sempre é válido lembrar que a cannabis pode sim ser uma aliada no tratamento do câncer, principalmente no alívio dos sintomas”, finaliza a especialista.

Sobre a Simples Cannabis

Com a missão de viabilizar tratamentos com os melhores produtos à base de cannabis, a Simples Cannabis foi fundada em 2022 por André Bocchi e Leon Maas. O foco da empresa, com modelo de negócio inovador e único no país, é auxiliar e facilitar a importação de medicamentos canábicos junto à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que conta também com um espaço de convivência e consultórios para telemedicina, em São Paulo.