Brasileiros estão deixando de pagar contas básicas como água, luz e telefone

Rio de Janeiro, Amapá, Mato Grosso, Amazonas e Distrito Federal ultrapassam a marca de 50% da população com dívidas atrasadas

  • Data: 20/09/2023 11:09
  • Alterado: 20/09/2023 11:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Brasileiros estão deixando de pagar contas básicas como água, luz e telefone

Contas

Crédito:Reprodução

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Juros altos, dívidas acumuladas, índices de desempregos no país em alta, salários reduzidos, informalidades, são muitos os motivos para o acúmulo de contas. De acordo com os dados do Mapa da Inadimplência e Renegociação das Dívidas do Serasa, mostram que as famílias estão atrasando o pagamento de contas de serviços essenciais como água, luz, gás e telefone. O grupo representou em agosto 24% das dívidas dos brasileiros, número recorde desde o início da série, em 2019.

Segundo o relatório, as contas de necessidades básicas representaram um crescimento significativo entre os elementos das dívidas em 0,53 p.p, desde o início do ano são 2,93 p.p de aumento neste setor. O aumento da inadimplência neste setor é reflexo da desigualdade e da pobreza no país A inflação de alimentos, os juros altos em cartões de crédito e empréstimos bancários, a corrosão do poder de compra somados a quatro anos sem aumento real de salários, mostram um consumidor cada vez mais enrolado e tendo que escolher qual conta pagará no fim do mês, a comida ou a conta de luz.

Segundo Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio diretor da Multimarcas Consórcios: “Para o brasileiro, a instabilidade econômica do país é o agente dificultador de um padrão de vida financeira saudável para o cidadão comum. A alta inadimplência deve-se à situação dos salários baixos e desemprego elevado”.

O número de inadimplentes pelo país voltou a subir após dois meses em queda, somente no mês passado mais de 320 mil novas pessoas estão sem conseguir pagar suas dívidas. O valor médio das dívidas, por pessoa, subiu 0,5% passando para R$ 4.948. Uma pesquisa do Serasa mostrou que alguns brasileiros escolhem quais contas vão atrasar e que mais da metade possui dois ou mais cartões de crédito por pessoa.

O Rio de Janeiro é o estado com maior número de pessoas endividadas, 53,17% da população adulta no Estado está com débitos em atraso, percentual acima da média nacional, que é de 42,56%. Mais de 7,2 milhões de fluminenses estão inadimplentes e o valor médio para cada um ultrapassa os R$ 5.000.

Lamounier aponta que o cartão de crédito é visto como um valor adicional ao orçamento mensal dos brasileiros e os juros pioram o cenário. “As pessoas vêm utilizando a modalidade para compras do dia a dia e a capacidade de parcelamento levou-as a acreditar que ao dividir uma compra a dívida fica menos, quando na realidade, antecipa as dívidas do próximo mês”, aponta.

Amapá, Amazonas, Mato Grosso e o Distrito Federal ultrapassam a barreira de mais da metade da população com dívidas atrasadas. Na capital federal mais de um 1,2 milhão de moradores do Distrito Federal estão inadimplentes e somam dívidas que chegam a R$ 9,5 bilhões, com média de R$ 7,4 mil para cada um. Isso representa 52,45% da população adulta no Estado, percentual acima do índice nacional, que é de 43,88%.

O especialista listou algumas dicas para se organizar financeiramente e sair do vermelho, são elas:

Mapear renda total, isto é, salário e rendas extras.
Separar as despesas fixas no seu orçamento, como aluguel, condomínio, internet e contas de serviços públicos (água, luz, gás).
Esquematizar as despesas variáveis como alimentação, transporte e gastos com saúde.
Organizar dívidas e pagamentos, como parcelas de empréstimos e cartão de crédito

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  • Data: 20/09/2023 11:09
  • Alterado:20/09/2023 11:09
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