Frente Parlamentar em Defesa da População em Situação de Rua ‘’é política Intersetorial’

Nesta segunda-feira (7), foi oficializado o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da População em Situação de Rua, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), no auditório Teotônio Vilela. A iniciativa surgiu como resposta às demandas preocupantes que se acumularam ao longo dos anos, como a falta de dados sobre a população de rua, falta de diretos básicos, e os recentes acontecimentos em torno da Cracolândia, que além da falta de moradia há o agravante da dependência química.

“A população em situação de rua não é problema da assistência social é da política Intersetorial, com assistência, moradia, trabalho, saúde, educação, esporte, cultura e todas as políticas”, afirmou Anderson Miranda, coordenador da Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para População em Situação de Rua.

Eduardo Suplicy (PT), membro efetivo do bloco suprapartidário e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDD) estava presente e defendeu a renda básica universal.

O que é uma Frente Parlamentar?

Uma Frente Parlamentar é um grupo de políticos que se unem em torno de uma causa específica, buscando promover discussões, ações e políticas relacionadas a essa questão. No caso da Frente Parlamentar em Defesa da População em Situação de Rua, o intuito é criar um espaço de diálogo e ação que aborde as complexidades da vida dos sem-teto e atue na criação e implementação de medidas eficazes para abordar esse problema crescente.

Membros e Objetivos

A frente é composta por Jorge do Carmo (PT), coordenador da Frente, Eduardo Nóbrega (Podemos) e Ana Carolina Serra (Cidadania). Além desses, o grupo conta com dois membros efetivos e 20 membros apoiadores

O principal objetivo da Frente Parlamentar é enfrentar os desafios cada vez maiores que a população em situação de rua enfrenta. Além de trabalhar na busca por soluções práticas para a falta de moradia, a frente também visa abordar questões específicas que grupos marginalizados dentro dessa população, como a população preta, mulheres e indivíduos LGBTQIAPN+. O intuito é garantir que as políticas adotadas considerem essas diversidades e mantenham o suporte adequado a todos os beneficiários.

Desafios Emergentes no Interior e a Questão da “Cracolândia”

O lançamento da Frente Parlamentar ocorre em um momento em que as demandas da população em situação de rua estão se interiorizando, atingindo cidades do interior do estado de São Paulo, que antes não eram apoiadas por essa realidade. Essa migração apresenta novos desafios para as políticas públicas, versões adaptadas a diferentes contextos urbanos.

Além disso, um recente debate em torno da “Cracolândia” enfatizou a complexidade do problema da população em situação de rua, especialmente quando associado à dependência química. A Frente Parlamentar busca não apenas enfrentar as condições de vida precárias, mas também abordar as questões subjacentes que perpetuam essas situações.