Dino chama Alckmin de ‘camarada’ e compara vice-presidente a Fidel Castro
Ministro da Justiça brincou com o tempo que Alckmin governou São Paulo com o período em que o ditador esteve no poder em Cuba
- Data: 22/07/2023 13:07
- Alterado: 22/07/2023 13:07
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Geraldo Alckmin e Flávio Dino
Crédito:Reprodução
O ministro da Justiça, Flávio Dino, comparou o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), com o ditador cubano Fidel Castro. A analogia foi feita durante o discurso de lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS) nesta sexta-feira, 21, que apresentou novas ações do governo federal para a área da segurança pública.
Em tom de brincadeira, o ministro relacionou os 12 anos que Alckmin esteve à frente do governo de São Paulo com os 49 em que Castro liderou a ilha de Cuba. Após equiparar os dois, Dino o chamou de “camarada”, vocativo utilizado entre membros da esquerda política.
“Às vezes, tradicionalmente, se diz que segurança pública é um tema dos Estados. Eu fui governador, Renan foi governador, o Rui foi governador, o Waldez, o Alckmin, claro. Esse, quase o Fidel Castro, quatro mandatos lá. Camarada Alckmin, não sei quantos mandatos em São Paulo”, disse o ministro da Justiça.
Alckmin teve quatro mandatos no Palácio dos Bandeirantes. O primeiro foi de março de 2001 até dezembro de 2002, quando era vice-governador e assumiu a chefia do Executivo paulista após a morte de Mário Covas. Os outros períodos ocorreram após vencer as eleições de 2002, 2010 e 2014. Já Castro ocupou o poder de Cuba entre os anos de 1959 e 2008, sem a legitimação do voto popular.
O país vive sob um regime ditatorial há 64 anos ininterruptos. Atualmente, a ilha passa pela sua pior crise econômica em três décadas, com uma taxa de inflação acima de 200%, uma das maiores do planeta. A recessão afetou diretamente o setor de abastecimento, deixando os cubanos sem combustíveis por semanas.
Ao longo dos 49 anos no poder, Fidel, que ascendeu ao governo após a vitória da Revolução Cubana, utilizou maneiras para calar opositores e dissidentes. Desde o fim da Revolução, organizações internacionais criticam a supressão de liberdades civis e políticas dos moradores da ilha, com expurgos, assassinatos e perseguições políticas.