Tragédia da Boate Kiss faz 10 anos e ganha minisséries na Netflix e no Globoplay
Caso somou mais de 242 mortes e 600 feridos
- Data: 25/01/2023 09:01
- Alterado: 25/01/2023 09:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Nesta sexta-feira, 27, a tragédia da Boate Kiss, que ficava na cidade gaúcha de Santa Maria, completa 10 anos. Em uma década, o caso avançou lentamente na Justiça, para o sofrimento dos familiares e amigos das 242 vítimas fatais do incêndio e dos mais de 600 feridos daquela noite fatídica.
A data chega com duas minisséries, da Netflix e do Globoplay, cada uma com cinco episódios, que tratam do acontecimento considerado como a maior tragédia em uma casa de shows do País – e uma das maiores do mundo.
Todo Dia a Mesma Noite, da Netflix, está disponível a partir de hoje. A minissérie é uma ficção baseada no livro de mesmo nome da jornalista Daniela Arbex. “Acho que a ficção tem um poder único de conexão com o espectador, permite criar empatia e envolvimento emocional com os personagens, além de possibilitar que a gente veja essas pessoas em situações íntimas, coisas a que um documentário não teria acesso”, diz Julia Rezende, diretora-geral.
O seriado acompanha quatro famílias cujos filhos morreram durante o incêndio e que também participam de uma associação criada pelos parentes das vítimas. Thelmo Fernandes, Debora Lamm Paulo Gorgulho, Raquel Karro, Bianca Byington e Leonardo Medeiros dão vida a esses pais que, desejosos de justiça, se unem para preservar a memória de seus filhos e manter viva a lembrança da tragédia a fim de que ela não se repita. Todos eles são baseados em personagens reais.
“Acho que na posição de atores, intérpretes, de certa forma a gente até se depara com a grandeza da nossa profissão, de poder dar voz, trazer luz para uma história tão inacabada”, comenta Debora Lamm, que interpreta Sil, uma doceira mãe da jovem Mari, uma das vítimas, que morreu após inalar fumaça tóxica. “A tragédia é um pano de fundo pra se falar de justiça”, complementa Leonardo Medeiros, que dá vida a Geraldo, pai de Guilherme (Luan Vieira), outra vítima.
“É muito importante que a gente conte essa história porque precisamos construir a memória coletiva do Brasil”, afirma a jornalista Daniela Arbex, que fez consultoria criativa da minissérie.